Comportar-se como um animal ao volante é tão português como o fado e o chibanço. Ter ministros a 200 km/h na A1 sem pagar multa, comprar um Audi em 2ª mão, meter um aileron Matias na oficina do bairro e testar o bólide na ponte Vasco da Gama é português. E dizer mal dos outros também. E viva o blogue :)



quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Para quando "um radar por português"?!



Depois de calceteiros, esta é provavelmente uma profissão
que é exclusivo de Portugal. Que orgulho...


Bem, só falta haverem tropas americanas por aí para podermos oficializar Portugal como o mais recente cenário de guerra aberta! É malta trucidada nas passadeiras, é eixos N/S cortados, é professoras a mandar autocarros para a ravina e agiram como se nada se tivesse passado... isto já parece Bagdad em cada esquina.

Coitado do actual ministro da Administração Interna, que provavelmente queria pavonear-se com mais um discurso de sucesso contra as taxas de sinistralidade em Portugal... mas com uma contagem já vai em mais 29 mortes do que no ano passado... e o Natal que ainda está para vir, o pobrezito já vai ter que esperar por 2008, a ver se a sorte dele muda.

Quem são os responsáveis por tal degredo que nos envergonha? Quem são os culpados por termos uma reputação ao volante que, qualquer dia, ultrapassa o mínimo histórico da cidade de Nápoles?! Mas é claro... segundo o António Costa e os outros engravatadinhos, são os condutores portugueses! As causas são sobejamente conhecidas: excesso de velocidade; o bode-espiatório favorito dos ministros incompetentes.

Mas fiquem ainda menos tranquilos, pois o governo já anunciou um fantástico pacote de medidas, bem aos estilo de governos depóticos para países à beira da anarquia: vem aí um "reforço generalizado" do combate ao excesso de velocidade, incluíndo das motas, e à condução sob efeito do álcool.. Sim, leram bem; são os motociclistas os verdadeiros responsáveis por este flagelo! Ah e acrescento também os tipos do GPL, porque... sim.

Ou seja, mais «dois milhões de euros na aquisição de novos radares, alcoolímetros, balanças e reforço dos meios para controlo das fugas à inspecção obrigatória dos veículos e à posse de seguro automóvel.» Sim, porque até as próprias IPO são isentas e não aprovam carros pela porta do cavalo... é que acertaram mesmo ao lado! Vão também «reforçar a informação transmitida aos condutores» [nos painéis de mensagens das auto-estradas]; ou seja, vão estar mais relógios a funcionar, para sabermos com mais precisão quando é que nos estampamos!

Ó secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões: se realmente queres fazer jus ao lema "Mortes na Estrada, Vamos Travar Este Drama", então que tal avaliar a qualidade de ensino nas escolas de condução em Portugal? Que tal corrigir as estradas e pontos mais perigosos? E que tal consciencializar as pessoas com campanhas de prevenção?! Ainda não vi UMA ÚNICA a passar na televisão! Não sei, estou a mandar bejardas para o ar, mas até que podem funcionar, vá-se lá saber porquê...

Se há alguma coisa que os radares vão diminuir, é o volume de ar nos cofres da Polícia. Acho que eles vão ter um belo subsídio de Natal, embora à custa de mais famílias desfeitas por causa do autismo deste Governo em perceber as verdadeiras medidas que realmente diminuem os mortos na estrada... mas que, infelizmente, não geram receitas tão apetitosas como os radarezitos, alcoolímetros e companhias. Mas o ministro bem que pode dormir descansadinho com o pijaminha oferecido pelo cunhado, pois a culpa não é sua... é dos condutores portugueses.

31 comentários:

Pedro Varela disse...

Eu tinha este blog subscrito nas minhas RSS, mas a partir de hoje, jah naum leio mais isto.
Nao quero pactuar com um "mandar as culpas" para o estado, ou para o que quer que seja. Os portugueses saum peritos a porem as culpas noutros. Se algo tem de mudar, somos nos. Somos nohs que temos de respeitar a sinalizaccao, de respeitar os limites de velocidade, de respeitar as condiccoes atmosfericas e das estradas. O codigo eh claro: caso a estrada esteja em mau estado, reduza a velocidade e conduza com precauccao acrescida. Estah escrito no codigo. E se andam por aih MILHOES ao volante que pensam k estaum an feira a conduzir carrinhos de choque, a causa do problema naum eh este ou akele ministro, eh sim a MENTALIDADE de cada um, e a responsabilidade civica de cada um.

Este blog tinha piada a apontar algumas situaccoes xuning, e faltas de civismo a estacionar e tal, mas "bode-expiatorizar" a falta de responsabilidade de cada, NAO.

Anónimo disse...

No meio está a virtude. E se existem muitos "condutores" que insistem em conduzir embriagados ou que excedem os limites de velocidade (independentemente da experiencia adquirida, das máquinas ou das vias) também existem a parte fixa do problema: vias mal desenhadas/construidas (graças a deus pelos nossos excelentes engenheiros made in UNI e afins), mau ensino nas escolas de condução, má educação (falta de civismo)...

Claro que é mais facil bater noc eguinho dos "xunners" (até pq normalmente são menos ... instruidos), mas os srs q pensam que a vasco da gama é o autodromo Fernanda Pires da Silva ou os ministros que autorizam os seus motoristas a desrespeitar os limites de velocidade não são muito melhores.

Anónimo disse...

Eu digo vos onde esta a culpa da sinistralidade... ora como todos sabemos os IPO's são o que são em troca de uns aerios poem como aptos para circulação autenticas bombas relogio de 4 rodas nas estradas, sei bem que alguns desses veiculos nem chegam a entrar no centro de inspeçoes. As cartas de condução nós sabemos tb como funciona o sistema, em troca de mais uns aerios temos maçaricos que nem a sinalização conhecem muito menos o normal funcionamento de um automovel, é ridiculo fazerem exames de condução em locais ja pre definidos ora basta dar umas valentes aulas de condução nesses locais que os futuros condutores quando forem fazer exame até ja sabem o numero exacto de sinais verticais por onde vao passar!São as inumeras armadilhas rodoviarias, quem ve o programa "Nos por cá" ja o ve como se fosse uma especie de apanhados do isto so video... É a falta de civismo, e a falta de civismo vem de onde, vem de todos estes esquemas que se fazem para se poderm conduzir nas estradas!Se na parte burocratica que nos aprova a nós e ao veiculo é uma republica das bananas, a conduzir ia parecer mal nao continuar a se-lo! Os ACDC tem uma musica chamada de " Money Talks" e neste pais nunca foi tao verdade!Em troca de dinheiro faz-se tudo! Até mesmo quem tiver uns conhecimentos com este e aquele policia mais graduado arranja maneira de se esquivar as multas!... è um pais miseravel que vive de estratagemas para fugir a legalidade em tudo! E os politicos são tão observadores que aproveitam se logo destes desastres para fazerem mais uns trocos com multas pesadas...Autocolantes lololo...E depois querem que haja civismo!
Ora aqui eu sou um tipo civico gosto da legalidade nao passo por cima de nenhuma lei, e ha o meu " vizinho" que consegue as mesmas coisas com metade do esforço, no mercado negro arranja o que precisa por menos dinheiro... O tipo civico observa a situação e decide rapidamente que tem de deixar de ser lorpa, e passar a ser menos "civico"... O civismo é algo que se passa de pais para filhos e nao só o meio envolvente em que vives influencia te!
Precisamos de Ipo's imparciais sem gente corrupta. DGV ou como se chama agora sem as corrupçoes que todos conhecemos, escolas de condução modernas com tecnicas modernas de ensino, estradas decentes com sinalização coerente, e livres de buracos e outras armadilhas, policia que fiscalize mas que principalmente mude mentalidades, e sensiblize... e politicos menos xulos que pensem no bem estar dos condutores e nao no deficit... Tudo junto acho que iriamos ter melhores resultados!

Anónimo disse...

Pedro Varela, tu 'arranhas' a língua portuguesa, até podes ser português, mas não vives em Portugal pois não?
Só assim pode ser compreensível a tua pseudo-revolta-moralista!

Mesmo assim tenho que concordar contigo numa coisa, deve ser o 1º post que leio no PV, sem nenhum sarcasmo por trás.
Se calhar, porque revolta tanto ver os anos passar e tudo continua na mesma ou pior, e tantas pessoas sofrem a irresponsabilidade de quem governa...
Perante um cenário destes nem um habitual trocista consegue resistir a um comentário mais sério e sincero.

caditonuno disse...

ai o gajo, escondido ali e nao diz nada a ninguém! podia por um aviso pró pessoal saber! agora "abater"assim o pessoal dos carros é que nao!

Anónimo disse...

em resumo: PAÍS DE MERDA

Imigrem

Anónimo disse...

Pensei que este blog fosse actual...........mas afinal coloca fotografias com mais de 2 anos, mas ok.

Quanto ao anónimo que anda a chamar nomes a Portugal.......desculpa lá mas emigra tu......é que com esse tipo de atitude ninguem dava pela tua falta...

Jubylee disse...

Concordo com o Sousa: "no meio está a virtude." Infelizmente, a balança ultimamente tomba mais para um dos lados e esse é geralmente o de castigar quem faz mal em vez tentar também fortalecer a prevenção rodoviária, que parece-me que nos últimos anos tem estado enterrada (apesar de um amigo da GNR me dizer que têm feito prevenção rodoviária, o facto é que eu não dou por ela...vocês dão?). Mas numa coisa concordo com o pedro varela, nós portugueses temos muito a mania de empurrar a culpa da situação no governo, quando a responsabilidade da maioria das situações encontra-se em nós próprios - as pessoas sabem muito bem que o excesso de velocidade e os níveis elevados de álcool no sangue predispõem a acidentes, no entanto, esses factores não têm diminuído nos últimos tempos - e disto eu sou testemunha directa.
Resumindo, acho que o trabalho neste caso tem de ser conjunto e é importante a compreensão de todos.

Português ao volante disse...

Amigos (e benvindo, caditonuno),

Não é a primeira posta lamecha, e nem será a última. E tinha que abrir a válvula, senão arrebentava. Eu cá aceito todo o tipo de críticas, mas por favor, poupem-me com os "ah e tal agora vou tirar-te do RSS"... não estão à espera que vos telefone a convencer do contrário, pois não?

Quem anda por aqui há algum tempo, sabe perfeitamente que a culpa é de todos, eu incluído; só que ando FARTO de ver o Governo a ver se lucra mais uns cobres à custa de um FLAGELO que devia ser combatido SEM FINS LUCRATIVOS.

Os radares apanham pessoal a 51km/h, mas não apanham o tipo em contra-mão! Apanham o tipo a 0,55g/l, mas não apanham o gajo que anda a cheirar os rabos dos carros à esquerda.

Pedro Varela, pergunto-te só isto: não achas muuuito estranho que, no final deste ano, vai haver MAIS MORTES em estrada, mas o Estado teve lucros recordes em multas?! É porque, se calhar, as medidas tonadas visam o LUCRO e não a REDUÇÃO da sinitralidade.

E isto é "mais do mesmo", e temo por um ano de 2008 ainda pior, pois não há campanhas de sensibilização; há apenas um clima de CAÇA à MULTA, que não gera muito contentamento...espero que esteja errado, daqui a um ano volta cá e visita o estaminé, para tirarmos as provas dos nove.

Português ao volante disse...

Ah, anónimo, eu sei que a imagem é idosa, mas é ilustrativa, e gosto de postas com imagens. E desculpa se não é assim tão fresquinha, mas se soubesses o que tenho feito esta semana e o trabalho que ainda vou ter de fazer até 6ª, ficavas pasmado como ainda tenho tempo para mandar postas..

Não me estou a queixar, bem pelo contrário: se estão a ficar exigentezinhos, é porque até estou a viciar alguém com alguma qualidadezita :)

Anónimo disse...

Aculpa é do Governo......esses pimp`s!!!

Se todos descontamos com o suor do nosso trabalho temos direito a ter prevenção rodóviaria,campanhas e tudo mais que der para baixar a sinistralidade em Portugal.

Toda a gente sabe que basta por um carro patrulha na auto-estrada que todos os condutores mudam radicalmente a sua condução,vai tudo em "filinha pirilau" por la fora no limite de velocidade imposto por lei e do lado DIREITO da faixa de rodagem.

Mas não....o governo acha que por um gajo escondido com um radar na mão vai baixar as mortes nas estradas.

O governo que pague salarios decentes aos policias,recrutem mais policias para as estradas e os ponham a sircular pelas estradas fora A VISTA DE TODOS a ver se a malta não atina!!

O que fazem os governantes com o dinheiro dos impostos (selo,e outros tantos) que todos nos(condutores) pagamos??

Claro que ter uma gama e Bmw`s serie 5 para esses "pimps" do governo,sai caro pois sai!

Quando o povo não é educado nas estradas,alquem tem de o educar e não vou ser eu nem o meu vizinho que o vai fazer.

Anónimo disse...

eu concordo com o pedro varela. tenham lá paciência, mas as campanhas de sensibilização não fazem nada! quantas já houve? há alguém que não saiba que não se deve conduzir quando se bebe, que se deve moderar a velocidade conforme o estado da estrada, as condições atmosféricas, nas localidades onde uma pessoa pode aparecer "do nada", etc? que o excesso de velocidade reduz o tempo de reacção? não vimos já tantas vezes o que a falta de civismo na estrada pode fazer? e no entanto basta andar meia dúzia de kms para ver idiotas a conduzir sem quaquer civismo, a colocarem a sua vida e a dos outros em perigo! o que é preciso é uma polícia que ande pelas estradas e multe a condução perigosa, em vez de ficarem escondidos dentro dos carros-patrulha a conversar! é verdade que simplesmente multar os excessos de velocidade não muda nada, concordo que estes radares servem apenas para encher os cofres do estado, as multas deviam ser passadas é aos gajos que andam em contramão e ultrapassam nas curvas e andam a 100 nas localidades, talvez assim esses gajos mudassem de atitude, acho que simplesmente com campanhas de prevenção não vamos lá, nem com radares.

Torre disse...

É um pouco "fifty-fifty", como têm dito por aqui... Claro que há muitos acidentes que se dão por excesso de velocidade, aliás, se formos mais longe, TODOS os acidentes se dão em excesso de velocidade, porque os condutores não conseguem imobilizar o veículo em tempo útil de evitar o acidente... Mas ao mesmo tempo, porque é que não se procura a causa anterior do mesmo? Um bruto (ou bruta, para evitar discriminação!) que se mete para a faixa da esquerda sem sinalização e de repente, alguém que pára do nada na faixa da esquerda (ou mesmo direita!) porque quer ver o acidente que se deu do outro lado da via (os que já anteriormente chamei "orçamentistas de bancada"), alguém que vai a ler o jornal ou a fazer a barba (esta última para evitar multa, como já se viu aqui há uns anos atrás...)

Ou seja, ao contrário do que diz o Pedro Varela, que concordo que não deva pôr os cotos aqui no rectângulo à beira mar plantado há já algum tempo, não só pela língua, mas também pelo distanciamento com que fala de uma realidade tangível para quem está todos os dias no "campo", a culpa não morre solteira, nem estamos só a culpar o Governo... Mas o Governo em si, dado que concebe as políticas de concepção de estradas, licenciamento de condutores, etc., tem que ter parte da culpa também!!! Quantos de nós não conhecem alguém que deu "um envelope" ao "engenheiro" da DGV para passarem!? Eu conheço bastantes, não foi o meu caso, felismente, mas a questão foi deixada "em aberto" pela escola de condução, que claro, também ganha com isso...

E como estes, muitos outros problemas, mas para mim, a parte maior do problema reside na educação para a condução, que não existe... As pessoas fazem da estrada um campo de batalha, querem todas passar primeiro, quantos de vós é que não ficaram alguma vez com o trânsito impedido porque algum cavalo (ou égua!!!) se meteu no cruzamento sem poder avançar, só com a sofreguidão de não vos deixar passar!? E quantos de vós são o dito "cavalo" (égua?)... Pois... A esquizofrenia é uma doença grave... E as pessoas não se apercebem dos erros que elas fazem, o que torna a situação ainda mais grave, e aqui concordo com o Pedro Varela, são sempre "os outros"... Às vezes (ou muitas vezes, consoante o caso) também nos acontece a nós, mas acreditem, um pedido de desculpas vale muito...

Ainda ontem, vi duas senhoras a atravessar na passadeira, e uma outra, "toda lampeira" e toda tia dentro do seu Golf, passava-as a ferro, se não tivesse a gentileza de lhes apitar violentamente quando elas iniciaram a sua travessia... O que merecia esta "senhora"? Não ía em excesso de velocidade, nem devia ir com os copos (embora pela atitude parecesse...) por isso... Não tem mal!!!!

Jedi Master Atomic disse...

Concordo que o nosso governo não está muito interessado em reduzir a sinistralidade nas estradas e sim em ter lucro com a mesma.

Se não, qual é a razão dos radares em locais onde não há grande probabilidade de haver acidentes, tipo rectas grandes.

O que eles querem mesmo é caçar o pessoal em velocidade e mais nada.

Onde está a correção das estradas com buracos, tampas de esgoto rebaixadas, etc....

Eu sou daqueles que anda na auto-estrada a 150, é verdade, é das poucas regras que nao consigo cumprir. Faz-me impressao ir a 120 na auto-estrada. Mas estou preparado para pagar por isso se for apanhado.

Agora, não é o facto de eu ir a 150 ou a 120 que causa um acidente. São as manobras perigosas. Nunca causei nenhum acidente a ninguem porque o unico que tive foi sozinho, no meu 1º ano de carta (maçarico) e foi a 40Km.

Anónimo disse...

Por acaso também tenho uma postazita sobre isso no meu blog e não posso estar masi de acordo contigo, P@V.

Faz lembrar a "Páscoa negra" em que em 10 mortos na estrada, 9 eram motociclistas, o que causou logo que essa abécula chamada ascenso simões prometesse uma "fiscalização selectiva aos motociclistas" mesmo sem saber as causas/culpados dos acidentes que vitimaram esses 9 companheiros...

É claro que essa avantesma tinha que acrescentar "incluindo as motos" na frase. Usando uma frase lida numa revista há uns anos atrás, "será que foi violentado por um gang de motociclistas quando era adolescente e eles nunca mais lhe telefonaram nem mandaram flores ?"

O doente tem gangrenas nos pés, mas o médico amputa-lhe as mãos.
Tá certo.

"V"

Unknown disse...

Deixei passar um detalhe:

Ao Torre: É favor diferenciar "Excesso de velocidade" de "Velocidade Excessiva".

Pode-se circular em velocidade excessiva sem circular em excesso de velocidade e pode-se circular em excesso de velocidade sem circular em velocidade excessiva :)

Para que conste, a própria DGV no relatório de sinistralidade de 2006 afirma que a principal causa de sinistralidade é -pasme-se- a velocidade excessiva (e não o excesso de velocidade)...

O que parece que escapa às avantesmas do (des)governo é que os radares só detectam (e facturam) excesso de velocidade ...

"V"

Eu Por Cá disse...

Destes comentários todos, a minha opinião aproxima-se mais da do "torre". A verdade é que há muito mau português ao volante (incluo-me com as minhas asneiras de vez-em-quando), mas penso não ser dos piores ;-)

Da "posta" do PV, não concordo com o parágrafo onde refere as "professoras" numa alusão ao acidente da A23, porque creio que ainda não há resultados do inquérito, daí não se pode tirar conclusões precipitadas...

A sinalização é também algo a melhorar... sinais novos, bem colocados e CADASTRADOS para serem legais! Por acaso no meu blogue ando a mandar "postas" para a Câmara Municipal nesse sentido a ver se alguma coisa muda.

Mas é óbvio que uma boa parte da culpa é dos condutores! Quantos é que respeitam os limites de velocidade? Às vezes vemos o "Proibido circular a mais de 50", vamos a 100 e deixámo-nos ir!

Concordo com quem disse que é necessário mais civismo e que isso começa de pais para filhos. Mas já repararam na "fornada" de jovens que estão a ser criados e que serão as futuras gerações? Uma boa parte é rebelde, mal-educada, destrutiva e com tendências para piorar! Por isso não acredito que essa melhoria seja para breve... infelizmente.

Português ao volante disse...

Lobanense,

Também estou um pouco como o Torre, atenção, eu não estou a ilibar os condutores portugueses, longe disso! Esta posta é apenas a criticar o aproveitamento financeiro que se está a fazer de um flagelo nacional!!!

E já agora, fica aqui um caso real: quando estive em Viena, ia pelo passeio, e um carro saiu da garagem e ficou a meio do passeio, para entrar na rua.

Assim que me viu no passeio, recuou logo para a garagem, e saiu do carro a pedir desculpa. Onde é que se consegue esse tipo de comportamento? Será que uma pessoa com esse civismo é um perigo também ao volante?

E a pergunta do milhão de dólares: quantos portugeses fariam o mesmo?

Anónimo disse...

Eu já nao olho para os sinais...quantas vezes ja vi: "Atenção! Obras na via" "reduza a velocidade" mais a frente...uma proibição de andar a mais de 50...depois passa a 30...depois voçês passam e...olha, não está aqui ninguém...ah! claro! é domingo...
só se esqueceram de tirar os sinais...

ok estes são temporários, mas contribuem para o desprezo para com os sinais.

Um país é constituido por pessoas...logo, se dizem...como o anónimo "país de merda!" estão a dizer...

Obviamente que os gajos têm que arrecadar de algum lado...se não dá vindo dos impostos, tenta-se outras vias.

Pedro Varela...Ou não vives em Portugal ou és um dos que anda a arrecadar com os radares...portanto bem que podes ir para o...

teu mundo virtual, porque pareces ignorar tudo o resto e só sabes a TEORIA! ...NO cÓDIGO.

Português ao volante disse...

Vá, andré, todos temos direito à nossa opinião, não é preciso ficar ofendido. Eu já sabia que esta posta ia ter disto. De certa maneira, se todos cumpríssemos o código, a sinistraidade diminuía drasticamente.

Agora, Pedro Varela e resto da malta, se estão comigo em dizer que é um problema de civismo e que se devia mudar mentalidades, então como é que se faz: através de CAMPANHAS de SENSIBILIZAÇÃO, e não de REPRESSÃO! Nós aprendemos a não roubar porque os nossso pais nos disseram quando éramos pequenos, não porque andaram a bater em nós depois de roubar!!

Que eu saiba, foi com porradas de campanhas que nos anos 90 é que se começou a consciencializar as pessoas de que há SIDA, é preciso preservativos, etc etc; e foram dezenas de campanhas, até mudarmos os nossos comportamentos, e FOI EFECTIVO; porque não a mesma estratégia ao volante? Afinal, também MORRE GENTE!!

Anónimo disse...

Trata-se de um problema tão complexo, que é difícil resolvê-lo com poucas palavras, mas vou tentar.

Como resolver o problema da sinistralidade rodoviária em Portugal, by Jarod:

- Carta por pontos
- Mais carros-patrulha visíveis
- Radares visíveis e com velocidade suficiente como os da VCI no Porto. 90 km/h chegam perfeitamente e houve grande diminuição dos acidentes.
- Quando um carro está mal estacionado e acaba por se envolver num sinistro, a culpa é SEMPRE sua e o prejuízo SEMPRE pagável do próprio bolso.
- Desconto no IA variável conforme a existência de dispositivos de segurança. Quantos mais dispositivos, melhor, e menos se paga de imposto.
- Exames de condução num distrito "ao calhas". Mete-se a malta num mini-autocarro no dia de exame e vão fazer a prova noutro sítio, onde carros de condução suficientes os esperam.
- Exames de condução aleatórios par a TODOS, com carácter não-reprovatório. Quem faz asneiras tem que ter aulas e exame de novo.
- educação cívica desde cedo nas escolas.
- porque não, inclusão de noções de civismo na estrada em séries populares e até telenovelas

e por agora não me lembro de mais. Vou dormir.

Torre disse...

Em primeiro, as respostas:

Ao Paulo, agradeço o detalhe, que não osbtante roçar os limites de mera semântica, não se fica pelos mesmos, ou seja, de facto é a velocidade excessiva que causa os acidentes, independentemente de haver ou não excesso de velocidade face aos limites legalmente impostos; o que me leva exactamente à mesma conclusão: então porque é que se pune o excesso de velocidade, e não a velocidade excessiva, conforme consta do dito relatório da DGV...?

Quanto aos motociclistas, concordo em absoluto, por regra, são um exemplo nas estradas, se bem que as excepções são bem mais graves do que as "regras" nos automobilistas, a total falta de civismo...

Mas repito: ainda ontem em 150km de autoestrada tive uns doze "amigos" a quererem ver onde eu tinha comprado o meu carro (ou seja, queriam ver aquelas letrinhas pequeninas com o número de telefone que as matrículas têm), e meia dúzia deles até ligavam os máximos, para ver melhor... E diga-se de passagem, que eu também me confesso, ía a 140, e mesmo assim queriam ultrapassar... E é claro que eu cedo, não posso é encostar para me espetar no condutor que segue a 90 (e muito bem) na faixa da direita...

Mas dos dois motociclistas que encontrei, nenhum deles se "colou" à minha traseira, aguardou pacientemente que ultrapassasse, e quando regressei à minha faixa (sim, a nossa faixa é a da direita!!!), ultrapassaram sem problemas... E muito embora corram mais riscos ao "encostar", em teoria, travam também muito melhor... Se calhar não têm é interesse nas letrinhas da matrícula, não querem comprar carro! :D

Sim, eu sei que é um risco acrescido andar a 140km/h, como aqui já disse que fiz... Mas também adequo a minha velocidade ao tipo de carro que conduzo: num carro com maior segurança activa (abs, melhores travões, suspensões, pneus mais largos, etc.), ando nas velocidades de cima... Num outro carro que eu tenho por estima, já "antiguinho" (quinze anos e a somar para clássico!), é claro que não passo dos 120, quando lá vou, até porque a diferença sente-se no comportamento dos carros...

E não concordo também com a política detractora dos carros potentes; parafraseando o Herman José numa entrevista aqui há uns anos, que aqui acertou e bem, quero um carro potente não é para ir a 200 na autoestrada... Quero-o para realizar uma ultrapassagem e saber que a posso fazer com segurança; que em qualquer altura, tenho potência disponível para gerir... O meu primeiro carro tinha 50cv, e era uma aventura fazer ultrapassagens, até porque os outros condutores muitas vezes não mantém a velocidade quando ultrapassados (também chamado síndrome de "a minha pilinha é maior que a tua")...

Para não me alongar mais, quanto às políticas do Jarod, parecem-me acertadas, se exequíveis ou não... Nomeadamente, os exames em distritos aleatórios, acabava de facto com algumas "questões", mas não traria outras, como um aumento substancial dos custos? Isto porque uma camioneta de examinandos não é fácil de reunir... Não estou só a criticar, estou a recolocar o tema na "mesa", para propostas...

Quanto ao carro estacionado, não posso concordar mais; quantos acidentes não se evitariam, se um carrito não estivesse numa curva fechada ou logo antes dela com os "quatro-piscas" mágicos, que os fazem desaparecer (aos olhos dos donos, claro está...)

Anónimo disse...

Isto não é nada, deviam ver como é na Alemanha, escondem radares emtudo quanto é sitio. Pois é lá também see controla velocidade e eu que o diga que enquanto lá estive tive esse amargo prazer de conhecer pesssoalmente.

Anónimo disse...

Boas!!

TORRE DISSE "Nomeadamente, os exames em distritos aleatórios, acabava de facto com algumas "questões", mas não traria outras, como um aumento substancial dos custos?"

Esse é outro dos problemas que temos...eu ponho uma pergunta e gostaria que dessem a resposta o mais honestamente possivel.


Quantos dos senhores aqui,quando foi tirara a carta de condução "FEZ TODAS AS AULAS" de codigo e de condução,que estão previstas na lei!

Eu desde ja sou o primeiro a acusar que fiz 4 aulas de codigo e 7 de condução.....a escola comigo so ficou a ganhar €€€€.

Por isso "um aumento substancial dos custos" é um problema que se poderia contornar....ou talvez não!

Esta polemica toda gira a volta de 2 coisas...dinheiro e civismo.

Pedro Varela disse...

Fico muito contente por ao menos ter gerado discussão, ao que parece fortuíta.

a) A minha algarviada dependeu em parte do facto de estar a escrever num teclado não português, porque não me encontro em Portugal. Volto no Natal. Os "k" são "que" e os "naum" são "não". Para quem não percebeu.
b) Não desvalorizo campanhas de prevenção. Mas se se ensina em casa um menino a não roubar, também é no seio da família que se incute respeito pelos outros, a responsabilidade civil, e o perigo que é uma lata a 100 km/h.
c) Não, não ando a arrecadar nada com radares. Se andasse, pedia às pessoas para quebrarem os limites de velocidade...
d) Não sei só alguma teoria, como também sei prática. Sou condutor com 5 anos de carta.
e) Volto a frisar o meu forte ponto de vista. Se houvesse um ponteiro que pudesse indicar quem tem mais peso na responsabilidade de acidentes nas estradas portuguesas, esse ponteiro cairia sem dúvida sobre a inconsciência do comum "acelera".

E quanto a Viena... É muito bonita sim senhor, e as pessoas recuam do passeio quando o estão a ocupar, mas nunca ouvi tantas acelerações e chianços nas curvas dentro da cidade como noutra cidade. Não falem mal de Portugal dizendo que "lá fora é que é", e que a "culpa é mas é daqueles que estão lá em cima". Se alguma coisa tem de mudar neste país, é da responsabilidade de todos nós.

Torre disse...

Caro Pedro Varela; Pela minha parte fico contente que muito embora tenhas retirado o blog das RSS, e tenhas prometido que não lias mais "isto", tenhas voltado. É bom sinal!

Em resposta ao "The Barman"; Por acaso, posso dizer que a minha escola de condução cumpriu com o plano; Muito embora na primeira aula teórica eu tivesse feito um exame em que passaria logo, sendo real (dois erros, parece-me, já lá vai algum tempo...), fi-las todas, bem como as da condução, em que tive inclusive um choque de caracteres entre mim e o meu instrutor: eu estava convencido que sabia tudo, e ele estava convencido que eu não sabia nada...
E fui (na altura) com as 25 aulas da praxe, pouco antes de aparecer a legislação das 30 aulas (que penso que é a que vigora agora, ou já são 35?), fiz o exame sem "envelope" e passei.

De todas as formas, tenho também exemplos contrários, nomeadamente, de uma amigo meu que na primeira aula (!) marcaram-lhe exame. Fez mais umas três, entretanto, e passou também sem "favores", mas acredito que até haja casos que passam com poucas aulas e favores...

Mas os custos a que me referia não seriam minorados por essa questão, dado que essas aulas têm de ser efectivamente pagas. A culpa aí é de quem ilegalmente se sujeita a essa situação, por conveniência ou temor reverencial, não interessa...

Anónimo disse...

Boas....

Bom os lucros de uma escola quando são casos como o meu (de lembrar que nada paguei a mais para tirar a carta a não ser o preço dela) a minha instrutora apenas achou que estava preparado para tal ( passei com 1 no codigo e sem problemas na condução).

Quanto aos custos é so fazer contas...quanto custa tirar a carta hoje em dia? +-400€ ?

So o que se poupa em gasolina e a multiplicar por (n) pessoas por ano que tira a carta....."é so fazer as contas"(Durão Barroso)"
Ora 3% de 1005...é igual a...ora portanto...3% .....éeee so fazer as contas. lololol

Anónimo disse...

Mais umas achas para a fogueira:

Tive ausente algum tempo e só agora tive a oportunidade de ver esta interessante discussão. Assim e para contribuir mais para a mesma aqui vão alguns reparos/considerações:

- O problema do civismo é educacional, cultural e comportamental, logo é de resolução demorada. Acontece que morremos como tordos neste pais diariamente; logo penso que até sermos como os estrangeiros perfeitos que nos chamam de bárbaros, temos que intervir diariamente na postura de guerra e de competição que grassa nas estradas portuguesas. Alguém acredita que se não for a doer nós (sim, eu também!) mudamos ?

- Uma das mais lindas histórias que justificam o comportamento fora-da-lei (sim, desobedecer a qualquer regra da estrada é !), é o pressuposto que um carro melhor (leia-se mais caro, e mais potente) é mais seguro. Não se esqueçam é que em Portugal ( e até em nota em contrário) todos somos iguais, logo as regras do trânsito (particularmente as da velocidade) tem de ser iguais para todos. Não adiantando aos olhos da lei ( e já agora ao comportamento de todos enquanto sociedade) ter um AX( vitima ou não de Xunning) ou um BMW, uma vez que segundo a constituição, ricos e pobres são iguais e tem os mesmos direitos e deveres, independentemente da linhagem, riqueza ou da labreguice de ir comprar carros em segunda mão ao estrangeiro.
Sobre este assunto em particular oiço frequentemente pessoas cuja cultura mais que o dinheiro, os deveriam fazer refrear a boca. Aceitar que se possa andar a velocidades máximas diferentes só por que se tem um carro melhor não é só um exemplo daquele complexo "que a minha pila é maior que a tua", como aceitar um comportamento eminentemente anti-social e anti igualitário (sem qualquer visão comunista do termo), num local onde os erros e afirmações de individualidade pagam-se caros.

-É óbvio que as restantes variáveis do problema também contam (estrada, manutenção, meteorologia, etc...), No entanto todas sem excepção podem e devem ser anuladas ou equilibradas pelo factor humano, ou será que a evolução da espécie só nos permite saber reclamar melhor e desculpar-nos para o cenário de guerra civil e matança.

-É certo que as multas dão dinheiro a ganhar ao estado ( e muito!), mas alguém acredita que se não for a doer que vamos lá. Um dos participantes falou das campanhas da SIDA. Sim durante muitos anos a doença aumentou apesar das campanhas, mas foi foi preciso morrer muita gente para haver alguma consciência. Alguém quer morrer à espera do civismo!, tenho para mim que é preferível Repressão a mortes. Pois quem não deve não teme... e eu tenho medo de muita gente na estrada.

Um abraço a todos

AXSX

Anónimo disse...

(...)"mas com uma contagem já vai em mais 29 mortes do que no ano passado... e o Natal que ainda está para vir, o pobrezito já vai ter que esperar por 2008, a ver se a sorte dele"(...)
E o radar, como se vê, pode estar em qualquer lado... fará se assim nao fosse.
No entanto - Caditonuno - o comentário "podia por um aviso pró pessoal saber! agora "abater"assim o pessoal dos carros é que nao!" muito infeliz por sinal e que só demonstra que você condiz com perfil do condutor português, que neste Blog todos corcordamos que de um modo geral sao fraquinhos!
Acabem com comentários infelizes ou em alternativa registem-se num Blog que diga Street Racing ou algo do género!!!!!

Anónimo disse...

E para quando um Código da Estrada que penalize severamente os culpados pelos pontos negros que têm originado tantos mortos e estropidos e os peões que se atravessam à frente dos veículos automóveis? Qundo isto for realidade os condutores criminosos serão um número muito baixo!

Anónimo disse...

Caro amigo de Portugal essa profissão não esclusividade de seu país mas também do meu.Aqui no Brasil temos este tipo de radares móveis onde uma pessoa fica guardando o aparelho. Me lembra pescarias, onde voce fica aguardando o peixe fisgar a isca...


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