Comportar-se como um animal ao volante é tão português como o fado e o chibanço. Ter ministros a 200 km/h na A1 sem pagar multa, comprar um Audi em 2ª mão, meter um aileron Matias na oficina do bairro e testar o bólide na ponte Vasco da Gama é português. E dizer mal dos outros também. E viva o blogue :)



segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Ano novo, P@V novo: proposta para uma nova metodologia do blogue!


Viva, malta! Em primeiro lugar, quero esclarecer que a longa inactividade deste estaminé deve-se única e exclusivamente a opção minha. Passo agora a descrever a minha desculpa esfarrapada sobre o que se passou para tamanha seca nos últimos meses, quem quiser que compre.

O que é feito de mim?

Actualmente, eu estou na Noruega a trabalhar e, como acontece com qualquer português no estrangeiro, ando a bater recordes de produtividade e a ser bem pago e muito bem tratado por isso. O trabalho não falta, é gratificante, e ando a dedicar-me a projectos bem aliciantes que, espero eu, cimentem a minha posição por aqui nos próximos anos. E, pasmem-se, as minhas diversões passaram a meter bonecos de neve, pistas de esqui à volta de Oslo, ouvir (ao vivo!) a boa música metálica de origem nórdica nos vários bares dedicados para o efeito... e tenho passado ao lado do que se passa no mundo automóvel!

E é aqui que o assunto fica mais pitoresco: desde Novembro, altura em que fui a Portugal arrumar assuntos (tipo despachar a casa), que não conduzo um carro! De facto, o carro é um objecto inútil na capital do segundo país mais desenvolvido do Mundo: com uma rede de transportes públicos que inclui eléctricos, metro, autocarros e barcos, todos aquecidos, que passam garantidamente de 5 em 5 minutos e que chegam a todo o lado, só os doidos é que estão para se maçar a limpar a neve do carro todos os dias de manhã, a arriscar uma travagem em cima de gelo, e a andar a pagar parquímetros e a mover o carro todos os dias (é obrigatório, para evitar a acumulação de neve).

Mas já não pensas no P@V?

Assim sendo, numa sociedade onde o carro é visto como apenas um carro, podem adivinhar que não há muitas emoções quanto a plastificar carros -- há alguns raros exemplos, praticamente oriundos de alguns imigrantes, mas nada de extraordinário --. E como acompanho menos o que se passa em Portugal -- uma ocasional ligação ao Telejornal via rtp.pt, e um pouco de Google News --, não tenho tido motivação para andar a bisbilhotar os cantos do costume para encontrar pérolas a serem enxovalhadas por aqui. Honestamente, já nem ligo muito ao xuning do piorio -- de vez em quando vejo um exemplar digno de um apedrejamento público, mas a minha cabeça está mais virada para outros interesses.

Vá, parem de tremer com o queixo e limpem a lágrima, que isto não é o fim! Gostei muito das brincadeiras que fiz aqui, adorei a vossa receptividade e particição, e de certa forma fiquei um pouco orgulhoso da mística que consegui criar de vez em quando. E apreciei as mensagens que recebi. E, para bem ou para mal, este legado irá permanecer online para as gerações vindouras! Sei que o blog da bola também fechou a loja, com muita pena minha, mas vou propor uma coisa diferente.

Atão e agora, c@€∑£lho?

Proponho o seguinte: eu não tenho agora disponibilidade para textos originais, nem para andar à caça de exemplares, mas ainda tenho alguma veia crítica. E, de certa forma, alguns de vocês já estão no espírito. Proponho então que este blogue prossigue numa modalidade diferente; vocês enviam-me os vossos textos prontos com as imagens e anexos, e eu faço uma breve revisão e publico com todos os créditos dados ao autor inicial. Imaginem uma espécie de "P@V-pédia" onde terei apenas o revisor final, garantindo a qualidade e (espero eu) o humor dos textos. Volto a repetir, os créditos ficam para cada autor inicial.

Pensem nisto como apenas uma fase mais 'democrática' deste blogue, e como efectivamente estou a 4.000km de distância do rectângulo, é a melhor forma de me manter a par da parolada que por aí se faz. Bolas, bandas como Anathema começaram com black metal nos anos 90 e agora fazem praticamente música de elevador, mas isso não quer dizer que ficaram piores... bem pelo contrário.

E viva o blogue.


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