Comportar-se como um animal ao volante é tão português como o fado e o chibanço. Ter ministros a 200 km/h na A1 sem pagar multa, comprar um Audi em 2ª mão, meter um aileron Matias na oficina do bairro e testar o bólide na ponte Vasco da Gama é português. E dizer mal dos outros também. E viva o blogue :)



quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Carro movido a tintol!



Ladies and gentleman, o carro do Leonel Nunes!


Este fim-de-semana, lá para os lados de Gondomar, tirei esta fotografia preciosa! Fiquei a pensar que o Leonel Nunes, o homem do garrafão (vejam o www.portalpimba.com), estivesse por perto. Ora, se o melhor amigo do tuga é o carro, porque não ir para os copos com ele? Se há pessoal que mete óleo para fritar no depósito, porque não deitar uns garrafões de tinto da terra em vez de óleo? Deve escorregar que nem ginjas!

Afinal de contas, o dono deste carro não deve ser assim tão parvo! ao meter tintol no carro, pode ser que o motor começe a ver tudo a dobrar, e portanto duplica a cavalagem do dito. Ao mesmo tempo, limpa toda a canalização e até deve dar um belo cheirinho na chaufagem. O problema deve ser pôr o carro a trabalhar de manhã, devido à ressaca...

Começo a pensar que, se calhar, era uma boa ideia fazer uma experiência, e meter um GPL no carro e depois atestar com um pouco de Super Bock. Até é capaz de funcionar, e se o carro até se portar bem, pode-se sempre dar-lhe uns tremoçitos no final da viagem.


segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Como insultar ao volante: um manual.

Como insultar

A minha condução melhorou bastante depois deste manual!


Uma vez, na minha imaturidade ao volante com 2 anos de carta, tive de parar numa rua porque um tipo decidiu fazer uma inversão de marcha. Enquanto fazia a manobra, cometi um grave erro: buzinei-lhe e gritei-lhe um "despacha-te!", como um bom tuga ao volante. Contudo, em vez de ficar colérico e de mandar para a pqp, coisa que aliás já estava à espera, o tipo levantou-me a mão e disse-me "obrigado.". Mas não foi de ter estado à espera, foi da buzinadela! Ele agradeceu a buzinadela! Deu-me 15 a 0 e deitou-me abaixo moralmente para o resto da viagem. A partir desse dia, percebi que o meu instrutor de condução descurou uma parte importante da minha aprendizagem: os insultos ao volante!

Encontrei o livro que procurava, e já o tenho há cerca de 10 anos. É escrito por um tal de Angel Palomino (creio que é espanhol), da Papagaio editora (belo nome), e ontem recomecei a lê-lo. Confesso que a minha condução melhorou consideravelmente depois disso. Nesse livro, mostra-se claramente que chamar "filho da puta" a outro automobilista é tão emocionante como chamar "paneleiro" ao José Castelo Branco. Que grande descoberta, dah.

É verdade, caro leitor: chamar "filho da puta" não tem nem 5% do efeito devastador de um insulto irónico como o "obrigado" que o outro tipo me atirou à cara, e que ainda me corrói as tripas! É necessário desenvolver a nossa ironia para sobreviver na selva de alcatrão. Há que procurar a originalidade nos insultos, o humor visceral que dá um colorido especial no tránsito tuga, e que derrota qualquer automobilista na fila matinal, o que faz com que consigamos passar-lhe à frente na intersecção!

Há que admitir que, depois de um atrito qualquer ao volante, um diálogo cinzento e chato como este:

- "Granda filho da puta!"
- "Filho da puta és tu!"
- "E tu, és um cabrão!"
- "E o teu pai é maricas!"

Tem claramente outro nível se fosse da seguinte forma:

- "Bom dia. Já encontrou o seu pai, ou ainda anda fugido?"
- "Eu? Já, sim senhora. E você, já sabe qual deles é o teu pai verdadeiro?"
- "Claro que sim, disse-me há poucos que ia encontrar-se com a sua esposa!"
- "A sério? Não há problemas, a minha esposa tem muitos colegas homossexuais inofensivos".

sábado, 27 de janeiro de 2007

Cuidado com as velhinhas!

Quem é que disse que os cotas não percebem de alta tecnologia automobilística?


Eu sei que já ando a desviar-me do foco do blogue, mas não posso deixar de vos partilhar estes 33 segundos de puro gozo, uma dádiva dessa verdadeira religião que é o youtubismo. E, apesar de se passar no estrangeiro, acredito piamente que o dono do carro deve ter uma madrinha que teve uma cunhada cujo filho uma vez teve uma empregada que é imigrante portuguesa.
O tipo do Mercedes sabe perfeitamente que as velhinhas valem 15 pontos fora das passadeiras, mas que dentro delas perde 30 pontos. Assim, reparem no desespero dele a ver se a velha sai fora da passadeira. O resto, caros colegas, é pura risota.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Homens ao volante... acidentes constantes!


Chavalada com hormonas aos pulos + 6ª à noite + Ponte vasco da Gama = lucro para os sucateiros.


Continuando a saga, desta vez com um youtubezito tuga, aqui vai o típico acidente do homem: em 5ª a fundo, com a testosterona aos saltos! Sim, eu sei, os protagonistas dos vídeos são apenas chavalada estúpida na fase da parvoeira, mas não deixa de ser o típico acidente masculino.
Para mim, os homens é que são perigosos, as mulheres apenas são trengas ao volante. Enquanto a mulher ainda luta contra a complicada coordenação de engrenar uma marcha-atrás e meter um pisca, o homem esse, conhece perfeitamente os rácios das engrenagens da caixa de velocidades e até sabe fazer ponta-tacão. Para mim, os homens ao volante causam mais vítimas e provocam mais estragos materiais do que as mulheres. Tudo porque precisam de mostrar a sua virilidade ao volante.
Para todos os machos que se riram da fêmea do post anterior a capotar um carro, porque é que não se riem deste fulano que se espeta na famosíssima Ponte Vasco da Gama, numa recta? Sim, porque este é um acidente à homem!
Uma ultrapassagem arriscada? Homem! Uma batidela no estacionamento do shopping? Mulher! Uma transmissão partida num arranque? Homem! Engrenar de 5ª para 2ª? Mulher! Isto não falha, é melhor que o Pepsi Challenge!
Eu até acerto nos acidentes provocados por gente híbrida! Se o José Castelo Branco tiver um acidente, também consigo saber, pois esse deve adorar andar de marcha atrás e deve gritar bem alto quando a sua traseira bate noutro...

Mulher ao volante... trenguice constante!

Homens, não tentem fazer isto em casa. É geneticamente impossível.

Fascina-me como a gritante diferença entre os homens e mulheres se pode manifestar até no tipo de acidentes que se têm ao volante. Consigo acertar com uma taxa de sucesso acima de 80% qual o sexo da pessoa que conduz o carro, pela manobra ou estilo de acidente que provocou. O vídeo acima, apesar de não ser tuga e de não mostrar quem conduz, produz a constatação unânime: "É uma mulher!".
Mulheres que me estão a ler, calma, não precisam de me enviar hate-mail, eu já escrevo um post sobre os homens ao volante. No entanto, vocês precisam de admitir: vocês não são um perigo constante, mas são apenas trapalhonas q.b. ao volante!
Um acidente de mulher nunca envolve velocidades de 5ª a fundo: a maior parte das vezes, envolve velocidades com a 1ª e a marcha-atrás. Quando olho para o pára-choques de um carro conduzido por uma mulher, sei que tem o mesmo destino daquelas bolas de algodão que elas usam: servem para ser torturados e descartados, e prontamente substituídos por outros.
A marcha-atrás ou uma inversão de marcha são outras manobras que se tornam particularmente difíceis porque requer a utilização dos espelhos retrovisores. Ora, todos nós sabemos o que corre nos neurónios das mulheres quando se vêem ao espelho: as sinapses das células cerebrais responsáveis pela tarefa de condução, imediatamente se desligam para dar passagem a informação mais relevante, ou seja, analisar se o rímel ainda não desbotou, ou se nasceu mais outra ruga.
Volto a reafirmar que não as considero um perigo na estrada, pois os seus acidentes raramente ultrapassam velocidades letais, e só provocam danos ao carro e aos tacões dos sapatos. Mas vocês são trengas, e a vossa trenguice e habilidade para capotar um carro abaixo de 20Km/h, dava matéria suficiente para um daqueles "estudos americanos" da treta que fecham normalmente o Jornal da Noite. Lá isso, dava!

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Honda CRX Tuning Muito Bonito!



Muito bonito, diz o vendedor. Poissss....

Uma pesquisa rápida pelo Stand Virtual revelou-me esta pérola, um Honda Civic CRX tuga-xuning amarelo-edition. Cada vez mais acredito que o tuning devia ser considerado uma droga psicadélica tal como o LSD, pois além de viciar os seus consumidores, também provoca-lhes uma distorção grave da noção de realidade. Só assim é que se pode perceber como é que o anúncio coloca "Muito Bonito" como a adjectivação perfeita para esta verdadeira obra-prima amarela. Olhem olhem: nas anotações do anúncio, diz: "Tudo o que se possa dizer nunca chega para defenir esta obra de arte do verdadeiro amante do Tuning de oportunidade!". Epá, o tipo deve ter a banheira cheia de cannabis...
O carrito tem 15 anos, já tem alguma idade, mas pedem 7000 euros por esta obra! E, como podem ver, inclui um volante "tu és mau!", uma televisão para jogar playstation, chão forrado a alumínio para ser mais fácil aspirar o carro, um escape de rendimento (seja lá o que isso for). Mas o que me pasma mesmo, é que passa na inspecção obrigatória (desde que seja naquela oficina de inspecção, e combinar com o fulano tal, pois claro).
Apelo desde já ao verdadeiro dono deste carro: por favor, não venda este carro aqui em Portugal! Leve-o consigo numa viagem apaixonante até ao Japão, e vá até à sede da Honda Motor Company. Diga-lhes que vai da minha parte, e que quer ver o seu carro exposto no museu da Honda, que devem-no receber de braços abertos e pagar-lhe os ditos 7000 euros! Se quiser, eu abro uma petitionline para si. Força, moço. Estamos contigo!

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Uma mentira dita mil vezes...

Mulheres e tuning: a melhor combinação depois de favas com chouriço!


Um dos mitos urbanos que mais me fascina, é o mito: "As gajas adoram tuning!". Ao folhear qualquer revista de tunings numa banca qualquer, encontra-se sempre um belo exemplar feminino em trajes menores e fluorescentes, à frente de um carro digno de um PowerRanger, com um ar de quem quer comer chocolates. Qualquer dia, até vêm apetrechadas com uma "centerfold".
Será que é assim que começa o fenómeno tuning? Um português pacato e normal entra na papelaria,compra o jornal, folheia a revista de tuning, e diz para ele: "Epá cum catano, por isso é que não consigo nada, elas gostam é de bazofes com tunings!". Corre porta fora para o banco, hipoteca a casa, aluga o "2 Fast 2 Furious" e vê 39 vezes, compra um Punto GT em 2ª mão, mete-lhe os ailerons Matias e, qual macho em época de cio, vai para a ponte Vasco da Gama ombrear com os demais pretendentes, onde no final esperam por ele as então prometidas gajas da revista.
Uma mentira dita mil vezes faz com que seja verdade. Contudo, como este blogue presta um serviço público vital (pelo menos, acredito que tem uma audiência maior do que o tal provedor da RTP, o Paquete de Oliveira), é meu dever e consciência alertar todos os tugas ao volante: As mulheres não ligam puto ao tuning!. Vamos lá a pensar, malta: folheiem as Máximas, as Cosmopolitans, as Marias e o catano! Quantas páginas há lá sobre xuning? Zero! 95% das páginas são sobre cozinhados, bordados, anúncios de perfumes, cremes alfa-oxidantes com vitamina BK e omega5, artigos como combinar os sapatos com o cinto, e 10 maneiras de não fazer felácios aos respectivos! Nem uma palavra sobre VTECs ou NOS!
Repitam comigo: Mulheres não ligam puto ao tuning! Querem mulheres atrás de vocês? Ponham um autocolante "Bébé a bordo" no carro de um lado, e no outro "Recém-divorciado ao volante". Vão perseguir-vos como moscas no mel.

Não me podem caçar! Nhe nhe nhe!




Aqui tou em casa! Não me podem caçar!.


Esta fotografia, tirada pelo colega caça-cepos Nuno Monteiro e gentilmente cedida a troco de uma (futura) imperial, mostra bem que a criança que ainda está em nós se manifesta tão lindamente ao volante.
Ao jogar às caçadinhas na escola primária, a primeira coisa que eu combinava com os outros era o local da "casa", ou seja, o local onde se podia refugiar e estar imune a ser caçado. Uma espécie de embaixada (ando em pulgas para meter um post sobre carros de embaixadores aqui!). Ora os tugas crescem, e a filosofia mantém-se; ou seja, a gravidade do estacionamento é atenuada proporcionalmente ao número de rodas que se deixa no alcatrão.
Quando algum imbecil deixa o carro em 2ª fila ou mal estacionado na berma em transgressão, é como se emanasse um cheirinho a rodízio, que só os fiscais da EMEL conseguem detectar (claro que as pessoas 'famosas', essas, emanam um cheiro a enxofre, pelo que nunca são multadas). Mas para evitar isso, o tuga é genial na sua solução: mete duas rodas no passeio, e os quatro piscas! Ou seja, é como se fosse uma espécie de "meia-casa", que apesar de continuar a transgredir a 100% o Código da Estrada, já é uma atenuante no Código da Criança Tuga. E, pasme-se, os tipos da EMEL também foram crianças. Não, caro leitor, eles não começaram como girinos. Também tiveram mães.
Agora, quando se consegue meter 3 rodas, ou mesmo 4 rodas sem pisar alcatrão, o tuga faz praticamente um home-run! O artista da fotografia de hoje conseguiu essa fantástica proeza e, confesso, uma obra de arte bem mais bonita do que certas estátuas em rotundas. Ao mesmo tempo, ajuda a sinalizar a placa, pelo que ajuda ao bom fluxo do trânsito. E nenhum fiscal ou polícia se atreverá a multá-lo por mau estacionamento, sabem porquê? Porque eles também já foram crianças. E este carro está em "casa", está imune a ser caçado! Nhe nhe nhe!

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Passatempo: conte as transgressões!


Segundo notícias que podem ser consultadas no Correio da manhã, dia 21-01-2007 e Correio da manhã, dia 21-01-2007 (do qual sintetizo as notícias aqui), o músico Nuno Flores (dos Corvos) teve um furo no carro onde seguia com o amigo Vítor Pinto. Parou na berma do acesso do IC32 à Ponte Vasco da Gama, para trocar o pneu. 0 transgressóes.

Nessa altura, um agente da PSP, que conduzia um Audi A6 cinzento, ultrapassou pela direita (1 transgressão) um carro, pela faixa de emergência (2 transgressões). Nessa altura bateu num terceiro veículo e apanhou pela frente Nuno Flores (3 transgressões), que terá voado 15 metros. O condutor fugiu (4 transgressões) em direcção à Ponte Vasco da Gama e nunca mais foi visto.

Depois de passar a Ponte Vasco da Gama, as duas raparigas que aconpanhavam o agente da PSP (se forem profissionais do sexo, mais uma transgressão. Para fazer estas transgressões todas, talvez elas cobrassem à hora...), convenceram-no a regressar ao local do acidente. Só que não chegou a ir lá. Depois, as duas raparigas fizeram queixa à GNR. Só assim é que o agente da PSP entregou-se, aconselhado pelo advogado. Como não foi apanhado em flagrante, o polícia foi apenas identificado e constituído arguido. Saiu em liberdade. O caso segue agora para o Ministério Público, mas a BT garante que a investigação não se fica por aqui. O carro do arguido ficou danificado e que ele terá tentado arranjá-lo para apagar os vestígios do acidente (5 transgressões - ocultação de provas). Essa viatura não teria seguro (6 transgressões) nem inspecção periódica obrigatória (7 transgressões).

Já agora, "Nuno Flores está internado no Hospital de São José. No dia do acidente foi levado para o Montijo e depois para o Barreiro. Os amigos estão revoltados porque os bombeiros demoraram 25 minutos a chegar e, apesar de terem alertado logo para a gravidade da situação, não traziam uma equipa médica com eles. “Valeu-me as aulas de primeiros-socorros que frequentei”, disse o amigo Vítor. . Como é que não estou surpreendido...

Não vou cometer o erro de meter todos os PSP no mesmo saco, mas eu achava que notícias como esta só seriam possíveis naqueles tipos de países que o McGyver e o Esquadrão Classe A visitavam, nos últimos episódios das suas séries...

Gostou de contar as transgressões? Eu adorei. Agora estou é a gostar de contar os dias até finalmente ganhar coragem e decidir mudar-me de malas feitas para um país intitulado desenvolvido.

domingo, 21 de janeiro de 2007

Ó Carmona, já viste bem isto?!

Carmona, depois ver ver a alternativa ao radar
Carmona Rodrigues, depois de ver esta posta.

Temos os políticos que merecemos. A Revista FHM, essa sim, é que devia mandar no burgo! No dia 21 de Dezembro de 2006, quando os radares foram inaugurados, algumas voluntárias da revista decidiram mostrar ao Carmona que é possível ser muito mais eficiente a abrandar os tugas do que os radares que custaram milhões, em várias artérias de Lisboa.
Se formos ver bem as contas, se cada rapariga trabalhar assim umas horitas por dia a recibos verdes, ó Carmona, com o dinheiro dos radares eras capaz de lhes pagar durante anos, já viste? Sem falar no boost na tua popularidade e re-eleição garantida!
É claro que, inicialmente, o tuga não está habituado a estas curvas, pode haver alguns acidentes derivado de um "sobre-abrandamento", e até alguns tugas podem pensar que o 50 é o custo de um tipo de prestação de serviços que normalmente não passa recibo verde (adoro o tipo que fica escandalizado com os pêlos de uma catraia, no 2º filme), mas depois do choque inicial, todo o tuga irá mais feliz para o trabalho, e não deixará de "cumprimentar" estas verdadeiras agentes de autoridade. O problema depois seria contrornar o hábito e evitar cumprimentar a secretária do chefe com um "Ó boa" em vez de "Bom dia". Mas ó Carmona, quer-se dizer, já viste bem os radares destas meninas?!

FHM - Voluntárias Parte 1


FHM - Voluntárias Parte 2


FHM - Voluntárias Parte 3

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

O Xuning espera por ti!



Um português é exibicionista por natureza. Quem é que não mexeu na sua BMX para dar mais aquele km/h extra para comer os colegas na rampa do bairro do lado? A minha até tinha um autocolante do He-Man! Ah mas agora, o tuga cresce, e agora (infelizmente) com dinheiro no banco, associados a alguns instintos masculinos que o Richard Attenborough, o tipo do National Geographic (Herman Enciclopédia? Lembram-se?) explica melhor que eu, o tuga vira-se para o seu melhor amigo (o carro, claro) e altera-o para tornar, enfim, mais... atraente(?) para as fêmeas. Pelo menos, acho que é essa a ideia que o Richard explicou uma vez sobre uns pássaros catitas lá para os lados do Chile.
O problema é que o tuga nunca sabe quando deve parar. Um CD pendurado no retrovisor, ainda vá. Um autocolante no depósito de combustível, já soa um pouco boiola. Agora, vê-se cada desastre visual por aí que por vezes me ponho a pensar se as ditas fêmeas ficam com convulsões em vez de orgasmos.
O tuga da foto, que apanhei ontem em Lisboa, concilia duas coisas: uma carrinha de trabalho, e um verdadeiro baby-magnet com o xuning feito. Reparem nas chamas a sair da roda. As jantes psicadélicas. O aileron imprescindível para colocar este bólide agarrado à estrada. Imagino o que terá no interior... uma cama toda vermelhinha, para saciar todas as fêmeas derretidas com tais amostras de vigor masculino. E, claro, ao som da música abaixo dos Ukurrale. (Nota: a música estava melhor no portalpimba.com, pois é bem foleira, no entanto a letra está porreirinha, sim senhora.)

Ukurrale - O Xuning espera por ti.mp3

Estacionamento 3D!


Hoje recebi uma contribuição por mail, com esta fotografia, alegadamente perto de uma discoteca algarvia (obrigado, JMorais). Para quem acha que um estacionamento não é uma arte, aqui está a prova como em Portugal há artistas por todos os lados. Este artista acrescenta outra dimensão à obra, ou seja, a 3ª dimensão, ou o estacionamento em altura. Sim, porque isso de estacionar segundo os eixos x e y, é tão démodê. O 3D está na moda. Tal e qual como os jogos de computador.
Deus quer, o tuga sonha, o estacionamento nasce. Cá vai disto, e ele pega no seu Saxo 4x4 e toca a criar uma obra de arte. Já repararam bem na relação amor-ódio com as suspensões? O desprezo pela integridade física pela panela de escape? Desculpa lá ó Cutileiro, mas lá o teu monumento à ejaculação tuga lá no Parque Eduardo VII não tem tanto vigor ou masculinidade como este monumento, este sim um hino ao ser portugués (ao volante, claro).

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Sousa Cintra's greatest hit (perceberam? hit? eh eh!)


Eu curto o Sousa Cintra. O bacano é simplório e honesto, e até faz uma cerveja razoável. Uma vez, enquanto era presidente do Sporting, o Bruce Springsteen veio dar um concerto a Alvalade. Um jornalista perguntou-lhe "o que é que ele achava do Bruce Springsteen?", ao qual ele respondeu: "Todos os bons jogadores interessam ao Sporting". Fiquei fâ dele. Desculpa, ó Bruce.Agora ó Sousa, quer-se dizer, há duas coisas que não suporto em ti: é o teu vício da caça (pelo menos, dá uma espingarda também aos patos, para ficar mais justo), e o facto de não saberes que é muito feio atirar lixo pela janela do carro. O Sousa foi mau!
Já muitos de vocês devem ter ouvido esta pérola, mas nunca é demais divulgar esta fantástica entrevista do Sousa Cintra à TSF (também queria inaugurar o meu primeiro podcast!). A situação é a seguinte: enquanto conduzia, o Sousa concedia uma entrevista (com O AURICULARZITO na orelhinha, assumo) a um jornalista da rádio TSF. Ao mesmo tempo que falava ao telemóvel e guiava, o tipo ainda bebia uma garrafa de água (o verdadeiro tuga multitask). Diz-se por aí que ele também estava a acabar um macramê e ao mesmo tempo uma aguarela com números, mas isso são boatos. O que interessa é que ele decidiu atirar a garrafa (de VIDRO) pela janela fora, pois passou perto de um local com uma placa onde dizia: "Permitido atirar lixo não bio-degradável. Obrigado.". Como o corpo humano está limitado a dois braços, com um no volante e o outro na garrafa, não se lembrou de descer o vidro do carro, e partiu-o enquanto arremessava a garrafa de vidro para fora do carro.
Ó Sousa, um grande abraço! Já sabes, da próxima vez usa garrafitas de plástico. O pior que ela pode fazer, é saltitar no tablier.

Sousa Cintra - Entrevista à TSF.mp3

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Foi bom enquanto durou!


Pois é, a partir de hoje, os radares em Lisboa começam a estar directamente ligados aos cofres da PSP! Até lá, espero que tenha aproveitado ao máximo e tenha batido os seus melhores tempos. Apesar da melhor marca ser para um inconsciente que passou a 218km/h na radial do Benfica (seria o Toy?), infelizmente não superaram a fabulosa marca na VCI de 224km/h (e quem está habituado a andar na VCI e sabe o local dos radares, sabe bem como é doentio andar a essa velocidade numa via cheia de curvas e elevações).
Não sei se repararam, mas os radares na VCI possuem uma câmara para cada faixa, para poder-se desambiguar qual é o Fittipaldi. Nos de Lisboa, é só uma câmara por zona... o que quer dizer que, muito provavelmente, em caso de dúvida arquiva-se, como acontece no Porto. Fenomenal!
Mas o fantástico da notícia não é esse: o supra-sumo desta aberração é a filosofia "a partir de hoje, já é a doer, já se começa a multar". Quer-se dizer, na outra semana podia-se, agora já não? Ontem era legal andar a 200km/h e arriscar a matar um pacato cidadão na sua faixa, de regresso a casa depois de um dia de trabalho, mas hoje já dá direito a multa?? Portugal ainda é um western-spaghetti, pelos vistos. Será que, quando saiu uma lei em Portugal que proibia o roubo de bancos, também houve este "período de testes"? Estou a imaginar um ladrão a sair de um banco com o dinheiro às costas, o alarme a soar, a polícia a chegar e a dizer ao ladrão: "Vá, desta vez passa, porque estamos em período de testes. Mas vê lá, que para a semana já não estamos, e então já vamos atrás de ti para te prender. " Mas está tudo louco?

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Tuga rico... tuga arrogante.


Esta fotografia foi retirada do grupo flickr Estaciono que nem um cepo", cortesia do Carlos Jorge Andrade, e mostra o que acontece quando um tuga é podre de rico: apodrece também o respeito pelos outros condutores e peões. O carro em questão é um Mercedes McLaren SLR, e custa tanto como 10 moradias em Sintra. Ou o salário semanal do Figo. No entanto, o cérebro do seu condutor-troglodita, não tem preço.
Lá vai ele comprar tabaco, gastando 20L de zagolina no trajecto, no seu maquinão. Na hora de estacionar o bólide, na cabeça dele produziu-se o seguinte diálogo: "Ora bem, posso meter num parque de estacionamento, já que tenho dinheiro que até fede. Epá, assim tinha qaue andar e estragava os meus sapatos italianos... Ena, ali está um espaço uma passadeira numa curva! Mas vou tapar a visibilidade e atrapalhar quem vai atravessar a rua. E os pobres que andam de cadeira de rodas não podem atravessar a rua. E até posso apanhar um sapo EMEL e levar com uma multa. Mas qual quê? Acorda, Tozé! Tenho um carro de meter inveja! Sou o maior da zona! Todos tem de ver o que comprei! Podem meter 100 multas, não as pago! Se precisar, processo o tipo da EMEL, que tenho advogados! Sou bom, podre de rico, os outros que se f... Código da Estrada? Não se aplica a carros como o meu!"
Impressionante como o grande cro-magnon sujeita a sua caríssima aquisição a riscos de peões que podem querer manifestar a sua insatisfação pelo transtorno em atravessar a rua. Nestes casos, acho que um pouco de justiça popular era uma boa ideia, para que este tuga aprenda a ser mais humilde. Sim, porque humildade não se compra como um SLR.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

100 grandes portugueses. E o Leocádio?


Ontem estive a ver os gatos mal-cheirosos na RTP, quando de seguida está no ar o mirabolante "Os 100 maiores portugueses"! Ao ver a dita lista, pensei logo: e o Nuno Leocádio, não está na lista? Parece-me que muitos leitores não sabem quem é o Nuno Leocádio, ou podem questionar o porquê. Mas numa lista onde está o Alberto João Jardim, quer-se dizer,...

O Nuno Leocádio, agora com cerca de 31 anos, é o recordista de taxa de álcool no sangue em Portugal, batido em 18 de Julho de 2002. Ou seja, quase 10 vezes o limite máximo permitido por lei. E, pasme-se, ele é reincidente, pois há duas semanas atrás foi «apanhado» com um nível de 2,19 g/l. Estava a treinar para fazer melhor, portanto.
Segundo a Automotor e o Diário dos Açores, com tal taxa, "Leocádio só poderia estar em coma profundo e nunca conseguiria conduzir um automóvel, levantando-se, inclusivamente, a suspeita sobre a credibilidade dos alcoolímetros.
Segundo o livro Medicina Legal e Toxicologia, cerca de 10% da população sente já claros sintomas de embriaguez com 1,0 g/l; 20% com 1,2 g/l; 50% com 1,5 g/l; 75% com 1,75 g/l; 100% com 2,0 g/l." Em conclusão, o Nuno não é deste planeta! Só pode ser esta a cláusula que o impede de participar e ganhar o programa da Maria Elisa, a adida cultural fibromiálgica.
Também é verdade que ele tgem de se cuidar, não numa clínica, mas devido à concorrência de peso: o Centro do Fundão reclama que um homem de 48 anos, residente na localidade das Donas, concelho do Fundão, "terá aparentemente batido o recorde nacional de álcool no sangue durante a condução, com uma taxa de 7,1. Segundo fonte da GNR de Castelo Branco, o caso remonta a 21 de Dezembro de 2003, dia em que o visado foi interceptado por agentes da autoridade.". O Nuno teve sorte, pois o "recorde não pode ser homologado, porque, ao que parece, há a possibilidade de ter havido contaminação da colheita. O responsável adianta que a zona do corpo do condutor onde foi realizada a colheita de sangue tenha sido previamente limpa com algodão embebido em álcool medicinal".
Pá, eu processava o hospital de imediato, se fosse o tal homem. Não há direito, ele devia ter trabalhado muito para conseguir quebrar o recorde, e uma negligência destas deitam por terra o trabalho que teve?
Já o JN noticia que a GNR de Alijó deteve, em 30/11/2006 na EN 212, em Chã (Alijó), um homem de 42 anos, agricultor, que conduzia uma motorizada com a taxa de 4,2 gramas/álcool no sangue. "O que espantou os polícias foi o facto de o homem, ao contrário do que seria normal para a situação, revelava uma grande lucidez e na sua fala denunciava o que fosse de anormal". Por outras palavras, o corpo deste moço já tem álcool a levar o oxigénio às células. Mais um caso extraordinário de adaptação do nosso corto aos nossos excessos.

Em conclusão, o Nuno Leocádio é, para mim, um dos 100 maiores portugeses, e por vários motivos: Em primeiro, contribui decisivamente para comprovar a eficácia dos alcoolímetros da PSP e da GNR. Em segundo, mostra aos portugueses que não há problemas em ser reincidente ou a ter taxas criminosas de álcool no sangue, porque depois sais em liberdade! (À 3ª vez, acho que o Nuno finalmente visitou a desejada prisão durante... 6 meses). Em terceiro, porque mostra que até a beber se consegue ser famoso neste país! Foi entrevistado pelo Expresso, e o Herman queria-o no programa. Infelizmente recusou, alegando que o Herman o queria gozar. Não sei porquê...

sábado, 13 de janeiro de 2007

Parquímetros? Chico-espertismo!



Esta imagem encontrei-a no blog do HomemPasmado e no flickr do salgadation, partilhada no grupo "Estaciono que nem um cepo". Não sei quem fotografou ou onde se situa, mas é daquelas imagens que falam mais do que mil posts. Esta imagem mostra claramente o que distingue o português ao volante dos restantes automobilistas, um je-ne-sais-quoi que gosto de descrever como uma engenharia de desenrascanço/chico-espertismo automobilístico.
Em primeiro lugar, o tuga ao volante odeia parquímetros, e faz tudo para não gastar as preciosas moedas que servem para o café da manhã ou para o tabaco. Vai disto, e tem uma fantástica ideia: no alcatrão tenho de pagar; na terra, já não pago (a relação de ódio que os tugas tem para com as suspensões dos seus carros é para abordar num post futuro). E daí nasce esta obra prima. É claro que os totós que precisam de estacionar o carro e que, pasme-se, até vão ao parquímetro buscar o talão, têm necessariamente que bloquear as máquinas destes chicos-espertos. O que se segue é fácil de antever: os chicos-espertos ficam indignados com quem bloqueia-lhes a saída e estraga-lhes o esquema perfeito. E já viram como a EMEL não pode fazer nada? Lindo!

Ferrari: o maior sonho do tuga.


Normalmente são vermelhinhos, carismáticos e vistosos. Um Ferrari é claramente o supra-sumo do fenómeno automobilístico. Quem não sonhou em ter um na garagem? O tuga da imagem certamente que sim. Apanhei-o hoje de manhã, e à tarde já está na blogosfera sem saber!
Vai daí, decide comprar uma máquina italiana, um FIAT, que vai dar ao mesmo. Um pouquito quadrado, é verdade, mas isso são detalhes, que o carisma é o mesmo. A matrícula KC indica claramente que estamos na presença de mais uma sucata importada do estrangeiro, provavelmente em 1995. O Fiat Uno em questão foi Carro do Ano em 1984, e este modelo vendeu-se até 1989, pelo que estamos a falar de um bólide com provavelmente 30 anos. Ah o caro leitor julgava que os tugas só importavam Audis e Mercedes? Isso é para um post futuro. Nunca se esqueça que o que vem de fora é que é bom, mesmo quando se fala de um Fiat Uno com 30 anos.
Ora bem, qual será o primeiro tuning a fazer? Meter o autocolante! Dá logo mais 10 cavalos ao motor (de 45 cavalos), mais um cavalo no cockpit. O problema é que não há nenhum aileron Matias, jantes Carvalho ou tinta vermelha suficiente para converter esse chaço numa máquina mítica como um Ferrari, muito menos com um investimento de 500 euros de compra e despesas + 5 euros a pesquisar e encomendar na internet + 2 euros do autocolante.
Divirto-me a equacionar o tipo de comportamento que este tipo terá na estrada. Será que se aventura na elitista faixa da esquerda das auto-estradas? É importado... e é um Ferrari. É capaz. Será que vai a toda a mecha? É capaz, mas duvido que o bólide consiga chegar a velocidades que permitam-no apanhar uma multa de velocidade decente para mostrar orgulhosamente aos colegas. Em todo o caso, sugiro ao dono desta viatura que se voluntarie na Faculdade de Psicologia para um exame gratuito. Se sair uma tese de mestrado sobre ele, tenho todo o gosto em ler uma cópia. Já tenho um espacinho neste blog para partilhá-la com o mundo, se quiser.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

É jogador de futebol, coitadinho...


Segundo uma notícia do Diário Digital, da Lusa de 12-01-2007 14:46:00, "Benfica: Luisão condenado a 40 horas de trabalho comunitário."
Luisão, do Benfica, foi hoje condenado a 40 horas de trabalho comunitário depois de ter sido detectado a conduzir com uma taxa de alcoolemia de 1,44 gramas/litro, adiantou fonte ligada ao processo. De acordo com a mesma fonte, por ser uma figura pública o internacional brasileiro foi condenado a uma sanção socialmente útil, não ficando inibido de conduzir.
Luisão foi interceptado numa operação da PSP na Avenida da Índia, em Lisboa, nas primeiras horas da madrugada, tendo acusado uma taxa de alcoolemia de 1,44 gramas/litro (10 por cento de margem de erro).
Depois de ter sido identificado, o jogador regressou a casa e apresentou-se de manhã no Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa, onde, de acordo com a mesma fonte, não chegou a prestar declarações, contrariando informações anteriores. À chegada ao centro de estágio dos encarnados, no Seixal, o defesa central referiu tratar-se «de um problema particular», acrescentando que não quer que este caso «atrapalhe a grandeza do Benfica».

SOCIALMENTE ÚTIL? Para quem? Para o Benfica, só pode! O juíz é do Benfica e deve estar com medo que a sua equipa perca o próximo jogo. Por isso, e como são 6 milhões, é claro que é uma decisão a favor da sociedade portuguesa. Mas está tudo louco, ou quê?! Eu não acho que seja socialmente útil! Quando foi o referendo? Ninguém me avisou?
Conduzir com mais de 1,2g/L de álcool no sangue é crime. Gosto muito de cerveja, especialmente Guiness, mas sei muito bem que se eu abusar do álcool, conduzir para casa e fôr caço numa operação stop com mais de 1,2g/l, não tenho desculpa! Por isso é que existe cerveja sem álcool. Sabe mal como cola sem gás, mas pelo menos conservo a carta, porque não sou jogador do Benfica.
Acho que o Luisão não percebeu bem: a ideia é que as outras pessoas bebam muita cerveja, para que ele comece a parecer mais atraente. Não é o contrário. Valeu, cara?

Acho que estou a começar mal. Queria fazer um blog divertido, com sátiras à nossa maneira peculiar de operar veículos automóveis. Em vez disso, estou a ser cilindrado com notícias/aberrações de jogadores de futebol ou de cantores pimba (vá-se lá saber qual o mais feio), que em vez de serem punidos exemplarmente como qualquer tuga no seu lugar, levam apenas com umas palmadinhas nas costas e um "vá, vê lá se te portas bem agora...". É que a intenção de fazer humor perde-se por completo.
Preciso de relaxar um pouco. Vou ver um pouco de Floribela. Er, pensando melhor, o que está a dar na 2: ?

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Ah granda Toy, és o meu herói!

Toy, o anormal
O Jornal 24 horas noticia aqui que o cantor Toy admite que conduz a mais de 200 km/hora. Aqui vai um copo e pasta:

Toy foi apanhado pela polícia em excesso de velocidade e está há dois meses sem carta de condução. Mas esta não foi a primeira infracção.
O cantor revelou ao 24horas que já foi apanhado dez vezes a conduzir com o prego a fundo ao volante do seu Mercedes S320 – e promete repetir a proeza: mal possa meter as mãos no volante vai andar de novo a alta velocidade. Enquanto espera que lhe devolvam a carta, contenta-se com as “boleias” do seu motorista particular (ver caixa).
“Gosto de conduzir e sei que conduzo bem. É por isso que, tendo eu carros potentes, carrego no acelerador”, revela o músico, que jura que costumar andar sempre a abrir. “Ando sempre a mais de 200 km/h na auto-estrada. Só que essa postura custou-lhe cara. Em Novembro, Toy foi inibido de conduzir depois de dez multas e algumas cauções à mistura, que foi pagando até atingir um limite.
“Só num dia fui multado duas vezes. Uma na A1 e outra na via rápida da Costa de Caparica”, relata, defendendo considerar “um excesso de zelo” a atitude das autoridades para com condutores como ele, que “só não cumprem esta regra absurda do limite de velocidade e são penalizados por terem um carro melhor e mais seguro”.
O artista tem uma teoria inédita sobre a causa da sinistralidade em Portugal, que descreve: “Os acidentes ocorrem devido à mania de perseguição que a polícia gera nos condutores. Passam o tempo todo a olhar para as pontes, para cima e para o lado, a ver se há radares ou a pensar que por eles passa algum carro descaracterizado da polícia e depois espetam-se”.
As histórias de aceleradelas e paragens obrigatórias em operações stop do cantor nas estradas da Margem Sul, onde vive, são quase tão conhecidas das brigadas de trânsito como as letras das suas canções. “No outro dia, fui mandado parar e quando abri o vidro o agente da brigada olhou bem para mim e disse: ‘Já sabíamos que só podia ser outra vez o António’”, conta.
Em vários anos de carta de condução e grandes velocidades, Toy garante nunca ter tido um acidente. “Devo fazer cerca de cem mil quilómetros por ano só em Portugal, sempre a abrir, e nunca bati. Foi também por isso que comprei um carro seguro e confortável... no qual [devido ao limite de velocidade] não posso carregar no pedal”, diz.


Eu nem sei por onde começar... este mega-postal claramente julga que existe um código da estrada específico para pessoas com péssimo gosto para o cabelo, como ele. Segundo a sua diarreia verbal, "se tenho um carro melhor que o teu, tem cuidado que sou mau"! Repararam no tom de ameaça à-lá macho confuso se é viril? "Quando tiver a carta, vou pegar no meu carrão e vamos lá à procura de um pacato português para me espetar e mandá-lo aos porcos!"
E o que é que os cromos da BT fazem? Pedem-lhe um autógrafo? Será que eu me safava com 10 multas sem parar com os costados numa prisão? Quem é este anormal para andar a queixar-se de excesso de zelo? O mesmo anormal que, se tiver a tristeza de ter um familiar vítima de um acidente provocado por outro português em excesso de velocidade, de certeza que virá a público apregoar o civismo e respeito pelas regras?! Ó Toy, tu és parvo ou imitas bem?
Andas pela Margem Sul? Também eu. Mercedes S320? Fica registado. Eu que te apanhe a matrícula do teu bólide, e que te apanhe em excesso de velocidade ou a fazer uma manobra perigosa ao pé de mim! Sabes o que vou fazer? Vou ver se falo contigo e peço-te um poster com o teu focinho e o teu autógrafo. Sim, porque hoje és o meu herói. O supra-sumo dos chicos-espertos tugas. És superior ao código da estrada e à polícia. Os outros na estrada são os coitadinhos que, como têm carros pequeninos, não podem andar a velocidades contadas em Mach. E pelos vistos és o melhor condutor da zona, uau! Como é que se obtém esse título? Onde é que me inscrevo?
Lembro-me uma vez, num dos momentos mais negros da televisão portuguesa, havia um programa na SIC que se chamava "Na casa do Toy". Não, não vi, mas tinha que suportar os separadores irritantes entre os anúncios. Sim, já foi do tempo do Guterres, mas na altura também já aceleravas, e levaste com uma visita de algumas pessoas tetraplégicas, que decidiram avivar-te a memória do que acontece quando se é parvo como tu na estrada. E, surpresa, não vai ser o teu Mercedezinho que te vai evitar meter-te numa cadeira de rodas ou numa morgue, se bateres a 200km/h! Já te lembras deles? Andas com vontade de mandares alguém para a cadeira de rodas?
Vou descobrir a tua matrícula e vou alertar o máximo número de pessoas que puder. Pelo que percebi na notícia, estás quase a receber de volta a carta, portanto é melhor prepararmo-nos para tal desastre. Por mim, fica descansado: se vir o teu bólide no meu retrovisor, encosto logo o carro, saio porta fora e vou logo correr para um local seguro, OK? Porque se achas que a tua vida é um brinquedo (percebeste? toy?), eu não acho que a minha seja.

Ena pá, não estou sozinho!


Pois é... uma pesquisa mais vigorosa relegou-me ao grupo Flickr intitulado "Estacionas que nem um cepo" (para os nossos amigos ingleses, "You park like a trunk/branch"). O URL é http://www.flickr.com/groups/estacionar/, e o blog respectivo encontra-se em http://cepo.vai.nu/. O crédito vai para um fulano chamado Fred.
Sinto uma alegria imensa, pois não estou só. O fenómeno de índole psíquica e mental que afecta o subconsciente encefálico de um português em questões relacionadas com veículos automotores (vulgarmente conhecido por "tuga ao volante") já anda a ser divulgado pelo estrangeiro há pelo menos dois anos! Estes colegas deviam passar à porta do Palácio de Belém para receber as suas medalhas de mérito! Juntei-me de imediato ao grupo. Sou um flickeiro há mais de dois anos e nunca reparei nestes moços.

Contudo, descrever o comportamento dos portugueses ao volante é uma tarefa vastíssima. O estacionamento deve ser talvez a maneira mais visível e ilustrativa do chico-espertismo tuga, mas é apenas a ponta do iceberg. A minha principal motivação não será apenas o estacionamento, mas sim todo o fenómeno, e há tanto para falar! O Tuning feito em casa, os street-racings sem carta, o fenomenal comportamento do português na faixa da esquerda da auto-estrada (dava uma tese de mestrado), as compras em 2ª mão na Alemanha, a GNR / PSP / EMEL ou o roadrage tuga. Pelamnordedeus, se a Carolina escreve livros e vende mais que o Saramago, neste país posso muito bem escrever sobre tugas ao volante e ter mais audiências que a Floribella!

Um bem-haja ao Fred, ao Nuno Monteiro (o maior contribuinte para o "Eu estaciono que nem um cepo"), e a todos os tugas que reclamam e denunciam os problemas.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Um artista do estacionamento...


O estacionamento é a 8ª arte, e a minha favorita depois do cinema. Sou um visitante assíduo de dois sítios engraçados, o www.youparklikeanasshole.com (em português simples, "Tu estacionas como um buracodocú."), provavelmente o sítio pioneiro de divulgação desta arte incompreendida, possui dois PDF para recortar e colocar nos carros dos artistas. O www.iparklikeanidiot.com (em português simples, "Eu estaciono como um idiota") parece, mas não é um confessionário dos pecados automobilísticos; este vende autocolantes com esta mensagem, para que os variados artistas do estacionamento possam ser finalmente reconhecidos e promovidos pelo público anónimo. Não mentiria se não tivesse já passado essa ideia pela minha cabeça. Mas também tem umas fotografias catitas.

O artista da figura remonta a Lisboa, em Janeiro de 2006, tirada ao pé do El Corte Inglés. À primeira vista, há que admitir que não é fácil colocar o carro nesta posição. É necessário calcular bem as distâncias em relação aos postes (que estão lá precisamente para enfeitar o passeio), agravado pela dificuldade inerente do estacionamento de uma curva. E, claro, o cálculo minucioso dos centímetros necessários para manter o carro assim. Ah, e esta posição que revitaliza o amortecedor e eixo? sem palavras.

É uma ideia a ter no futuro, mas porque não um petitionline para que se atribua um prémio do artista de estacionamento nos Globos de Ouro? Com tanta categoria, mais uma ninguém repara... Aproveito para apelar ao senhor internauta: contribua para esta causa, denuncie os artistas, envie as suas fotografias!

Outra questão tem a haver com a matrícula. Não, eu não vou apagar as matrículas. Se a Daniela Cicarelli e o respectivo deram umas valentes truncadas numa praia PÚBLICA em Espanha para os espanhóis (e os peixes espanhóis) verem, porque estão agora preocupados que os brasileiros vejam o mesmo pelo youtube? Assim sendo, se este artista não teve pudor em deixar o carro assim durante a tarde para todos apreciarem, porque carga de água é que o artista deverá ficar agora cheio de timidez? Saida do armário, amigo, e assuma-se: você é... um ARTISTA!

O reconhecimento ibérico...

Espanha
ChemaLiso, um camarada blogista espanhol, tem um post fantástico sobre ã sua experiência com portugueses ao volante, intitulado Portugueses al volante (um título muito original), e que comprova o reconhecimento internacional, e talvez, ibério, das artes rodoviárias lusitanas. Tal e qual como a famosa (e tristemente defunta) página do Desenrascanço na Wikipédia atesta a nossa capacidade ímpar de improviso.
Aqui vai uma traduçãozita do que ele diz no seu blogue, chemaeldragon.extreblog.com:

"Os portugueses ao volante são um perigo constante. Andam a mais de 180 km/h, olhas para trás numa grande recta e não vês nada, e em pouco tempo passa-te um como um suspiro. Depois há os que se colam atrás como uma lapa porque pensam que assim a resistência do ar é menor e, à tua custa, poupam. Bem, isto também muitos espanhóis o fazem, embora o motivo seja evitar serem multados. Acreditam que, se vais muito rápido e colado ao outro carro, multarão o primeiro, quando na realidade multam os dois, e adicionalmente proporcionam uma condução temerária."

Bem, a caracterização do condutor português está lá, sim senhora. Constata-se que o amigo espanhol também ainda não sabe o verdadeiro motivo porque os portugueses conduzem a centímetros do carro da frente: estão a treinar-se para, no final de uma portagem, colarem-se a um camião na Via Verde, para que a caixinha não debite e a câmara não consiga fotografar a matrícula. Como em Espanha não há tanta portagem como há cá, eu perdoo-lhe.

"Hoje, na minha condução diária desde Badajoz a Mérida, quando ainda não amanheceu, chego ao pé de um português que levava um TomTom Navigator. Reparo que leva os faróis no limite do correcto e do incorrecto. Explico-me: se vais de viagem e levas a mala cheia até acima, o normal é que pese um pouco mais na parte traseira do carro, o que faz com que a parte dianteira suba um pouco, o suficiente para que os médios se convertam em máximos. Pois assim ia contente o português, incomodando com as suas luzinhas todo aquele que se punha à frente dele. Mas não contente com isso, um par de km à frente, decide ultrapassar-me usando a técnica de pegar-se no meu cú para sair disparado, algo muito temerário porque se eu quisesse travar, não daria tempo para ele reagir.


O português é um ás no que toca a utilizar um GPS. Em especial nas autovias espanholas, tão mal sinalizadas e com raríssimas indicações, onde tal aparelho é vital. Mas sou capaz de apostar que o manual de instruções ainda deve estar embalado em celofane, no porta-luvas, tal como veio de fábrica.
Caro amigo ChemaLiso, calma, uma coisa de cada vez. Primeiro, ainda é necessário ensinar muitos portugueses a usar o pisca-pisca, e explicar que não é um acessório para usar no Natal. Depois é que podemos passar para um nível mais avançado, como é a regulação da altura dos médios.

"Os portugueses têm fama de conduzir muito mal. A mim demonstram-me diariamente e estamos em território espanhol. Nem quero imaginar como será conduzir por território português.

Dá para escrever um blogue, caro amigo! :)

Ingecção Direta



Esta fotografia foi tirada em Tazém uma aldeia em Valpaços, Trás-os-Montes, Portugal, e tem um fantástico mix verdadeiramente português: um misto de exibicionismo e de analfabetismo.

Em primeiro lugar, porquê? Porque é que é necessário informar os demais automobilistas e traseuntes (cá está, nunca perderei a oportunidade de falar policiês em vez de português, sempre que posso...) de que esta vulgar camioneta de caixa aberta possui um sistema de ingecção direta no seu fantástico motor? Será para que se acautele, pois os fumos do seu escape são especialmente nauseabundos?
Acredito que a ingecção direta até possa dar um excelente desbloqueador de conversa de café, mas custa-me a crer que o dono desta máquina sabe a diferença entre um distribuidor e um carburador.
E porquê evidenciar a ingecção? Porque não publicitar as cargas que se leva? Acho que daria mais estilo uma Toyota Dyna Carregadora de Estrume, ou uma Nissan Cabstar Pocilga de Porcos... seria bem mais informativa para os demais traseuntes.

Em segundo lugar, quem será o autor deste mini-tuning? É que, pela fotografia, parece que veio assim de fábrica! Meus amigos, é obra dar dois pontapés na língua portuguesa em duas palavras simples (um parênteses para os nossos irmãos brasileiros: em Portugal, diz-se directa e não direta). Para quando um Volkswagem Golfe? Ou um Fiat grande Ponto Multijete?
Ainda bem que a Mazda não comercializa em Portugal o seu carro Laputa... sabe-se lá que tipo de edições especiais se fariam em Tazém...

A inauguração do blog! Hurra!


Viva!

Na passagem do último Ano Novo, em Barcelona, estive a falar com um tipo inglês que ficou na mesma pousada. Ele disse-me que era de Londres, eu disse-lhe que era do Porto, e ele começou a falar-me da sua fantástica experiência no Porto.

Referiu logo duas coisas: a "squeaky hammer party" (nas palavras dele), ou seja, a 'festa dos martelos que chiam', o qual ele adorou, nunca viu festa como essa (quanto a mim, as festas de S. João deviam ser património da UNESCO ou parecido), e... da maneira como os portugueses guiam.

A conversa continuou a explorar esse fantástico filão que é a experiência automobilística vista pelos portugueses. Havia muito para falar: as multas, a GNR, os acidentes, os tunings, os carros importados em segunda mão, os quilómetros martelados, os vendedores de usados, o IA, etc. Agora pensei: isto sim, dá um blogue! O meu primeiro blogue. Sim, porque precisava de um assunto para escrever num blogue, pois ninguém está interessado nas minhas rotinas monótonas.

Declaro, portanto, inaugurado um blogue para vilipendiar (adoro esta palavra), maltratar, gozar, achincalhar (\cite{gatofedorento.blogspot.com}), e outros verbos terminados em ar tudo o que está relacionado com a alteração de comportamento de um português assim que se aproxima de um veículo de autolocomoção própria (ah sim, também adoro o português elaboradíssimo usado pelas nossas forças policiais, que parecem incapazes de dizer "carro", preferem "veículo", "viatura", e outros sinónimos). :) Hip Hip Hurra! Espero também colorir este blogue com imagens e youtubices.


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