Comportar-se como um animal ao volante é tão português como o fado e o chibanço. Ter ministros a 200 km/h na A1 sem pagar multa, comprar um Audi em 2ª mão, meter um aileron Matias na oficina do bairro e testar o bólide na ponte Vasco da Gama é português. E dizer mal dos outros também. E viva o blogue :)



segunda-feira, 21 de maio de 2007

O teu carro pertence a uma "ofecina"? Não? Então, paga!



A fotografia não engana: quem estacionou o Uno, viu o parquímetro.



Só que este Uno pertence a uma "ofecina". Tipo corpo diplomático,
estão a ver? Está imune a multas de estacionamento!


Infelizmente, tenho tido pouca disponibilidade a andar à caça de energúmenos automobilizados fresquinhos; quando assim é, recorro ao meu baú de tesouros deprimentes, para manter viva a divulgação internacional dessa verdadeira região demarcada artística que é o português ao volante.

Ora, o colega Luís Miguel Oliveira, que já contribuiu para este cantinho da web com uma reportagem fotográfica sobre o coleccionismo de cartas da EMEL, também quis partilhar com todos estes registos digitais de mais uma obra-prima automobilística, lá para os lados do Pingo Doce, ao pé dos Bombeiros de Alvalade, em Lisboa.

A situação é simples: para esses lados, parece que há uma oficina de automóveis chamada AutoMar, com funcionários que... bem, a escrever português são um mimo: Em 7 palavras, meteram 4 calinadas vergonhosas!. E pelos vistos, essa oficina tem um sofisticadíssimo método de gestão logístico do seu imobilizado espacial: se o carro cabe, cabe. Se não cabe, põe-se na rua!

Bem, este triste Uno ainda vai ter que esperar lá fora até ir à faca. Só que há um problema: O espaço de estacionamento é público, e tem um parquímetro, ou seja, quem usar o espaço, tem de pagar. É o que os comuns mortais como eu fazem... à excepção dos chul... fulanos do Corpo Diplomático e... da garagem AutoMar. Tal como um embaixador, toca a meter o carro lá e marimbar-se para o parquímetro.

Mais uma vez, deixem-me prestar um serviço público aos automobilistas portugueses: se precisarem de estacionar por uns momentos em Alvalade, levem um papelito a dizer: «Este carro pertence pretence à a oficina ofecina AutoMar»... obrigado obigado (não esqucer de escrever com erros, para parecer um garagista genuíno). Assim, escusam de pagar parquímetro! Catita, hã? E, se por acaso, os sapos estiverem à caça de comissões e, realmente, não houver nenhum protocolo mafioso entre os batráquios e a AutoMar, a multa vai para... a AutoMar! Lindo!

1 comentário:

Rui Vilela disse...

O aviso serve mais para o caso do UNO ser roubado, assim encontra-se mais depressa o dono. :)


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