Passadeiras: uma relíquia histórica.
Se ainda me restavam algumas dúvidas sobre a utilidade de uma passadeira em Roma, acabaram por se dissipar na passadeira da fotografia, que atravessei. Dois carros obstruíam completamente a zebra, enquanto dois outros em segunda fila e sem condutor, encarregavam-se de tapar completamente o resto da passadeira.
Acho que as passadeiras, em Itália, devem ter uma função semelhante ao dos seus monumentos romanos: apenas curiosidade história, pois são inúteis na sua função. Se ainda conseguia ter alguma ilusão de protecção e de segurança ao atravessar uma, cada vez mais me convenço que é melhor mesmo atravessar uma rua a correr, e a olhar para todos os lados, não vá sofrer a humilhação de ver um Fiat 500 a passar-me por cima!
Também já reparei que os condutores italianos já desenvolveram um autêntico chip matemático no seu cérebro. Com esse chip, eles conseguem calcular eficazmente as trajectórias de dois corpos e, com base nas suas velocidades e acelerações, calcular os tempos de embate. Só assim é que consigo explicar como é que eles conseguem dosear a velocidade das suas máquinas para que, no preciso instante em que atravesso uma passadeira e deixo espaço livre, passa imediatamente um carro a razar o meu rabo, numa clara procura de optimizar o consumo de gasolina, evitando travar desnecessariamente.
Vamos olhar pela positiva: só a correr nas passadeiras, já perdi 1 kg desde que cheguei aqui.
1 comentário:
o treino português não nos prepara para semelhante! perdest 1kg a correr, eu tonifiquei os abdominais a encolher me no banco do passageiro.
2 faixas? isso é o que diz a pintura na estrada! no entendimento italiano, onde passam 2, passam, à vontadinha, 4!
vermelho é para parar? obrigada pela sugestão!
rotundas? para quê contorna-las até à ultima saída, se podes fazer marcha atrás?
só pérolas da condução. a teoria do meu primo diz que esta forma de se deslocarem deriva da condução primária de vespas...tem algum fundamento.
conduzem que nem trolls, mas não lhes reparei tanta irritação como nos condutores portugueses.
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