quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Não me podem caçar! Nhe nhe nhe!




Aqui tou em casa! Não me podem caçar!.


Esta fotografia, tirada pelo colega caça-cepos Nuno Monteiro e gentilmente cedida a troco de uma (futura) imperial, mostra bem que a criança que ainda está em nós se manifesta tão lindamente ao volante.
Ao jogar às caçadinhas na escola primária, a primeira coisa que eu combinava com os outros era o local da "casa", ou seja, o local onde se podia refugiar e estar imune a ser caçado. Uma espécie de embaixada (ando em pulgas para meter um post sobre carros de embaixadores aqui!). Ora os tugas crescem, e a filosofia mantém-se; ou seja, a gravidade do estacionamento é atenuada proporcionalmente ao número de rodas que se deixa no alcatrão.
Quando algum imbecil deixa o carro em 2ª fila ou mal estacionado na berma em transgressão, é como se emanasse um cheirinho a rodízio, que só os fiscais da EMEL conseguem detectar (claro que as pessoas 'famosas', essas, emanam um cheiro a enxofre, pelo que nunca são multadas). Mas para evitar isso, o tuga é genial na sua solução: mete duas rodas no passeio, e os quatro piscas! Ou seja, é como se fosse uma espécie de "meia-casa", que apesar de continuar a transgredir a 100% o Código da Estrada, já é uma atenuante no Código da Criança Tuga. E, pasme-se, os tipos da EMEL também foram crianças. Não, caro leitor, eles não começaram como girinos. Também tiveram mães.
Agora, quando se consegue meter 3 rodas, ou mesmo 4 rodas sem pisar alcatrão, o tuga faz praticamente um home-run! O artista da fotografia de hoje conseguiu essa fantástica proeza e, confesso, uma obra de arte bem mais bonita do que certas estátuas em rotundas. Ao mesmo tempo, ajuda a sinalizar a placa, pelo que ajuda ao bom fluxo do trânsito. E nenhum fiscal ou polícia se atreverá a multá-lo por mau estacionamento, sabem porquê? Porque eles também já foram crianças. E este carro está em "casa", está imune a ser caçado! Nhe nhe nhe!

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