Comportar-se como um animal ao volante é tão português como o fado e o chibanço. Ter ministros a 200 km/h na A1 sem pagar multa, comprar um Audi em 2ª mão, meter um aileron Matias na oficina do bairro e testar o bólide na ponte Vasco da Gama é português. E dizer mal dos outros também. E viva o blogue :)



segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Um Ibiza meio hibrido e possuído pelo gato-demónio!



Está a ver o gatinho de peluche fofo na chapeleira?



Pois bem, este é um gato do demónio... ou seja, uma 3ª luz stop!


Apesar de andar cheio de trabalho e de ter tido uma valente contrariedade com o meu portátil, tinha de publicar isto, agora! O nosso colega, o paulomv, acabou de ter uma experiência alucinante com um vulgaríssimo Ibiza!! Para já, destaca-se o facto de este Ibiza ter dois tubos de escape, mas um deles estar completamente limpo!. Já estou a ver essas vossas mentes poluídas e intoxicadas pelo cheiro das postas anteriores deste blogue: «é xuning», «fogueira com ele», etc e tal... mas não, há que dar o benefício da dúvida: quem diz que aquilo não é o novo Ibiza híbrido?

Ah pois... é bem provável que o tipo meteu um motor elétrico no bólide, ligou-lhe umas pilhas ao dito, e instalou-lhe uma linha de escape nova para o motor elétrico. É claro que, não havendo emissões, o tubo está limpo. E é bem inteligente, pois quando cair a panela ligada ao motor Diesel, basta meter a sobresselente (oops desculpem, a panela do motor elétrico) e segue marcha! Estão a ver, nunca se precipitem... é claro que o dono deste Ibiza nunca cometeria a ridícula estupidez e passível de humilhação pública de comprar uma panela adicional, só para fingir que o carro tem mais potência do que tem, não é?!

Ah, mas o melhor está para vir! Nas fotografias não se nota bem, mas há um pequeno gato de peluche, fofo e cómico na chapeleira do carro. A parte assustadora é quando o dono do Ibiza trava: recorrendo à invejável capacidade de invenção lusitana, bem reconhecida internacionalmente, o fulano concilia a falta de uma terceira luz stop com o pobre gatinho, e as luzes do gato de peluche acendem num vermelho demoníaco quando ele trava!. Acredito que deve ser uma experiência algo surreal e aterradora para quem vê isto pela primeira vez, capaz de perturbar o sono... ou seja, o carro está deveras possuído por um gato-demónio! É ilegal? Não sei, mas aposto que a DGV não tem nada a proibir explicitamente o uso de gatos numa terceira luz stop.

Para quem me acusa de já ter um blog com uma fórmula desgastada, aqui está a resposta: não sou eu, são eles! Eles andam por aí! Enquanto houver portugueses neste planeta, haverá sempre carne fresca para partilhar com a malta. Portanto, para quem vem cá ameaçar que vai retirar o feed paa este estaminé e que volta daqui a dois anos, a ver se há novidades... não sabe o que perde! Ou se calhar vai saber, pois o vício é sempre uma coisa difícil de largar.

6 comentários:

Rui Vilela disse...

Peluche ? Deve ser um gato embalsamado, vítima do atropelamento desse veículo. Segui-se a profanação do bicho.

Anónimo disse...

Fórmula desgastada? Mas estão a brincar comigo? Isto está cada vez melhor. Sempre que cá venho há uma coisa diferente!

Agora pode acontecer que certos leitores tenham ficado insensíveis às delicadas nuances do humor P@V devido ao visionamento excessivo de jogos do Benfica na TVCabo do café, e cópias piratas de filmes do Steven Segal.

Mas quem não gosta, deixa na beira do prato. Continuamos todos amigos. P@V rules!

Torre disse...

Quem não gosta, não come! Não tem é que cuspir no prato dos outros? Quem proferiu tamanha ignominia que procure em casa, que certamente irá encontrar lá mais desgaste... E não vou dizer o clássico "na anatomia da senhora sua mãe, ou esposa"... Ou ambas. É mesmo desgaste de humor. E se calhar doutras coisas, mais próprias, e a quem se doer que se queixe.
A fórmula é a mesma, a filosofia, a de sempre. A fidelidade dos comentadores, eterna. Se é mais do mesmo, que venha mais, que eu cá, estou preparado para tudo!
E não posso compreender como se pode criticar alguém que com o seu esforço abdica de tempo da sua vida para nos dar alguns momentos alegres... Pelo puro prazer altruista de agradar, porque salvo erro, não vejo banners de publicidade aqui, só se for o do Google, e ainda assim, acho muito bem! Quem quer ver tem que pagar, já dizia a Rosete!

Por isso, caros detractores, não cuspam no prato, deitem o feed para o lado, e não aborreçam quem trabalha...

Anónimo disse...

Concordo em absoluto com os meus "colegas de painel" :)

Mas, para ajudar à festa, posso sugerir-te alguns temas de discussão para o blog.

São apenas alguns temas, uma vez que as estradas portugueses dão-nos, todos os dias, inúmeros tópicos e assuntos para abordar aqui.

Mas enfim, aqui seguem as minhas ideias para temas de discussão:

1) "Bailarinas da estrada"
Esta espécie em franco crescimento nas estradas portuguesas é composta pelos condutores que pulam, saltam, dançam e rodopiam alegremente entre as diferentes faixas da rodovia, ou desviam-se subitamente num cruzamento, ou surpreendem-nos com um ágil movimento para a direita ou para a esquerda (ou um misto dos dois), sempre sem qualquer sinalização. É um espectáculo lindo de se ver, especialmente nas AE de 3 faixas, onde as bailarinas podem demonstrar a sua mestria em toda a sua amplitude!
Aproveito para deixar uma dica para essas pessoas: existe um fascinante mundo de côr, som e luz escondido atrás da patilha dos piscas! Descubram-no e ficarão alucinados e verdadeiramente viciados no tic-tac que aquele dispositivo emite!
Talvez assim eu (e outros condutores) não tenhamos que continuar a tentar adivinhar para onde vai a bailarina rodopiar a seguir!

2) "Proctologistas do volante"
Este tipo de condutor está sempre a tentar analisar a cavidade rectal dos outros veículos, conduzindo tão perto do veículo da frente que, em caso de travagem, podemos ter o privilégio de assistir, ao vivo, ao acasalamento de dois veículos automóveis! É sempre reconfortante saber que há profissionais tão empenhados e dedicados que, marimbando-se por completo para as regras mais elementares de segurança rodoviária, colocam-se a si próprios e a terceiros em perigo de vida apenas para tentar analisar os traseiros dos outros veículos! Deixo também uma dica para estes proctologistas: quanto mais te aproximares da minha traseira, mais tempo eu vou demorar a desviar-me da tua frente, e com um pouco de sorte ainda levas uma mijinha do meu líquido do limpa pára-brisas, o que nem é mau de todo, uma vez que se trata de líquido de limpeza do Continente!

3) "Padeiros da AE"
Autores de manobras inesquecíveis, estes condutores fazem as autênticas e inconfundíveis entradas à padeiro na AE, sem perceber para que serve o triângulo invertido pelo qual acabaram de passar. Este tipo de manobra está cada vez a ganhar mais adeptos e rivaliza já, em termos de notoriedade internacional, com o Pastel de Belém ou os Ovos Moles de Aveiro.
Passo a vida a fazer a A5, e é muito frequente, à vinda para Lisboa, ali na zona de Oeiras, ter que travar ou esquivar-me para a faixa do meio porque um padeiro qualquer decidiu entrar na AE como se tivesse prioridade. E é escusado reclamar, os padeiros simplesmente não vão perceber!

4) Amigos imaginários
Condutor português que se preze, tem que ter um amigo imaginário, que conduz mais devagar, e como tal, tem que ser ultrapassado. São inúmeras as situações em que presenciamos outros condutores na faixa da esquerda, ou do meio, com as faixas à sua direita totalmente livres; o que à partida poderia ser interpretado como uma infracção ao Código da Estrada, é, na realidade, a materialização de uma carinhosa amizade com uma figura imaginária, que nós não vemos, mas que os condutores que seguem na esquerda devem conseguir ver.
Chega a ser engraçado ir numa AE toda vazia, e nós muito bem na faixa da direita, e lá bem atrás surgir um caramelo qualquer na esquerda, que se vai aproximando lentamente de nós, passa-nos, e segue feliz e confiante, sempre pela esquerda, na sua missão de ultrapassar todos os amigos imaginários, que mais ninguém vê, mas que ele jura que estão lá! Mais engraçado ainda é quando esses artistas levam o pisca ligado, claramente um sinal para os seus amigos imaginários se desviarem, porque ele vai com pressa!

5) Adeptos da "filinha pirilau"
Outro sinal inconfundível do condutor português é a sua tendência para, numa qualquer estrada nacional, seguir coladinho ao carro da frente, impossibilitando assim que um condutor que o tente ultrapassar consiga regressar, em segurança, à sua faixa de rodagem. Assim, uma simples ultrapassagem a uma 4L pode revelar-se um exercício mais desafiante do que uma ultrapassagem a um camião TIR, uma vez que teremos que ultrapassar uma boa meia duzia de veículos que seguem mais perto uns dos outros do que as carruagens de um qualquer comboio da CP.
Podemos sempre tentar "forçar" a entrada, manobra lógica quando temos um veículo a vir de frente na nossa direcção, mas nesse caso não podemos contar com qualquer condescendência do infractor, que se esqueceu subitamente que o dever do veículo ultrapassado é o de facilitar a ultrapassagem que lhe está a ser efectuada.

Português ao volante disse...

n, obrigado pela torrente de pistas! Eu bem que gosto das postas deamulantes sobre as pancas portuguesas... tal como o toclante da Penélope, os ailerons nas escovas pára-brisas, etc. A ver se retomo este tipo de postas de pescada!

Amanhã vou ao Porto, pode ser que me inspire na viagem:)

Torre disse...

Estou a ver que não sou o único a colocar posts longos... :P

Mas as ideias são bem boas, e todas parte da triste realidade de andar atrás de um volante nas estradas portuguesas, e cada vez um minuto a menos de, mais tarde ou mais cedo, e para nosso pecado, termos formação no módulo: "Airbag, esse desconhecido"...


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